Parece que a ressaca na carreira cinematográfica do continuará. Seis anos após seu último lançamento, , e depois de abandonar seu projeto de despedida de carreira, o longa The Movie Critic, o aclamado diretor, , revelou que não pretende voltar a um set tão cedo. E por uma razão nobre.
O cineasta esteve presente no Festival de Cinema de Sundance para uma conversa com o crítico de cinema Elvis Mitchell. Durante a entrevista, Tarantino declarou que quer se dedicar aos filhos e à família, com quem mora em Israel atualmente.
“Não estou realmente com pressa de entrar em produção. Faço isso há 30 anos. No mês que vem, meu filho completa 5 anos, e tenho uma filha de dois anos e meio. Quando estou na América, escrevo. Quando estou em Israel? Sou um abba, que significa pai”, disse.
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Além de se fazer presente, Tarantino confessou que deseja esperar que seus filhos tenham idade suficiente para participarem ativamente do processo cinematográfico e consigam lembrar dos momentos no set. “A ideia de embarcar numa viagem quando eles ainda são muito novos para entender não é atraente para mim. Não quero fazer qualquer filme até meu filho ter pelo menos 6 anos. Assim ele saberá o que está acontecendo, estará presente e isso será uma memória para o resto da vida dele”, explicou.
Mas para os curiosos que se perguntam onde, então, o diretor está desafogando sua veia criativa, Tarantino revelou que está escrevendo uma peça de teatro e que os desafios e resultados da empreitada lhe parecem mais gratificantes do que os do cinema hoje:
“É um grande negócio fazer [uma peça], e eu não sei se consigo. É um desafio genuíno, já fazer filmes? Bem, o que diabos é um filme atualmente? Algo que lança simbolicamente nos cinemas por quatro semanas? E, na segunda [semana], já está disponível no streaming. Eu não entrei nisso para ter retornos decadentes. (…) No teatro, não há gravação, não há celulares. Você é dono do público durante aquele momento. Eles são todos seus, estão na palma da sua mão. Não se trata apenas de fazer arte, trata-se de impressioná-los, dá-los uma ótima noite. Para mim, isso é existir. É a última fronteira”
Apesar das críticas ao atual modelo de negócios da indústria cinematográfica, o cineasta não descarta a possibilidade de levar sua obra teatral para a frente das câmeras. “Se for um fiasco, provavelmente não vou transformar em filme. Mas se for um grande sucesso? Talvez seja meu último filme”
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Fonte: adorocinema
