2024 foi um ano de ótimos lançamentos, tanto em bilheteria quanto em qualidade. Podemos comprovar isso com o nosso , ou como uma , por exemplo. Com tantas estreias e o debate movimentado pelos blockbusters, algumas pérolas do cinema acabam passando despercebidas no radar do público.
, da diretora , vinha sendo aclamadíssimo no circuito internacional de festivais desde o ano passado, chegando a ser finalista à Palma de Ouro em Cannes, mas só desembarcou no Brasil em abril em um número limitado de salas. Por conta das diferentes datas de lançamento, o filme também está apto a concorrer às premiações da temporada atual.
Mesmo com a arrecadação tímida de 4,6 milhões de dólares, o longa cativou a crítica, conquistando o certificado de “Fresh” do Rotten Tomatoes com 94% de aprovação e 91 pontos no Metacritic.
Ambientado na zona rural da Toscana na década de 1980, um jovem arqueólogo se envolve com um grupo de ladrões de túmulos repletos de relíquias da era etrusca, que se dedica à venda desses objetos ao mercado de arte. Ele tem o dom da “Quimera”, uma intuição quase mágica que o ajuda a identificar as tumbas, desafiando o invisível em busca de um caminho mitológico para a vida após a morte.
Por que La Chimera é um dos melhores filmes do ano?
A comédia dramática italiana é estrelada por Josh O’Connor, e astro de , de . O britânico entrega uma das performances mais sensíveis e emocionantes do ano, mesmo fora de seu idioma nativo. Ele interpreta Arthur, um arqueólogo que volta para a cidade de sua namorada desaparecida ao ser solto da prisão após ser condenado por roubo e contrabando de artefatos de tumbas etruscas.
A atriz brasileira divide o protagonismo com O’Connor em pé de igualdade, esbanjando um trabalho excepcional ao atuar tanto em italiano quanto em português no longa. Ela dá vida à Italia, uma jovem que oferece seu trabalho como empregada doméstica a uma senhora em troca de acomodação e aulas de canto na casa de Flora (), a sogra de Arthur.
Além das atuações brilhantes, La Chimera se sustenta por seu roteiro muito bem amarrado, equilibrando bem os momentos cômicos e os comoventes. Ao longo da trama, Rohrwacher mostra as nuances de cada personagem e as motivações de suas atitudes, mas sem entregar todas as informações de bandeja – sempre há um “quê” delicado de mistério e segredo.
Filmado majoritariamente na Toscana, a arte e a fotografia capturam imagens belíssimas que contribuem para um visual um tanto fantasmagórico e bucólico que combina com os dilemas de passado e morte que guiam a narrativa.
La Chimera, Alice Rohrwacher, ainda não está disponível para streaming no Brasil.
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Fonte: adorocinema