Conhecido por sua capacidade de combinar tensão, estilo visual e narrativas impactantes, é um nome fundamental na história do cinema americano, especificamente na compreensão do movimento denominado “Nova Hollywood”. Filmes como e são prova de sua maestria, consolidando-o como um dos diretores mais influentes de sua geração.
Entretanto, mesmo um cineasta de seu nível não está isento de falhas, e é o exemplo perfeito disso.
A Fogueira das Vaidades: Da promessa ao desastre
Lançado em 1990, o filme prometia ser um sucesso garantido. Contava com um diretor aclamado, um elenco repleto de estrelas (, , e , entre outros) e era uma adaptação do popular romance de .
Mas o que parecia ser uma fórmula vencedora acabou se tornando um fracasso total. Para Hanks, que interpretou o protagonista Sherman McCoy, o projeto deixou um gosto amargo. “É um dos piores filmes já feitos”, confessou ele em uma entrevista à Oprah Magazine em 2001.
“Esse filme me ensinou que não se pode fabricar uma conexão essencial com o público”, explicou. Entretanto, a desconexão do ator com o personagem ficou evidente mesmo durante as filmagens. “As pessoas me paravam na rua e diziam: ‘Você não é o Sherman McCoy’, e eu continuava tentando me convencer de que poderia fazer isso funcionar.”
Morgan Freeman, que interpretou o juiz Leonard White, também expressou seu descontentamento em relação ao filme. Em uma entrevista à Entertainment Weekly, ele disse: “Eu sabia que o filme não ia dar certo. Acho que Brian De Palma não tinha uma ideia clara”.
O astro também revelou detalhes por trás de sua contratação, mencionando que o papel foi inicialmente planejado para e depois transferido a ele para ser mais politicamente correto. “Não é a melhor maneira de conseguir um papel”, comentou Freeman com certa ironia.
Por sua vez, Bruce Willis, que interpretou o jornalista Peter Fallow, teve duras palavras sobre a recepção do filme. “Foi um fracasso antes mesmo de chegar às telas. Os críticos não queriam ver um filme que mostrasse o mundo literário sob uma luz negativa”, apontou.
Apesar das críticas, Willis defendeu com fortemente o trabalho do elenco e da equipe, atacando os críticos que propuseram seu próprio elenco ideal. “Se fossem eles que estivessem fazendo o filme, talvez tivessem o talento para contar uma história, em vez de criticar o que outras pessoas estão tentando fazer”, disse.
Embora A Fogueira das Vaidades tenha sido um desastre de bilheteria e de crítica, o tempo permitiu que alguns de seus méritos fossem reavaliados. Sua ambição de adaptar uma sátira literária para o formato de um blockbuster era arriscada, mas não desinteressante. Sua famosa cena de abertura, um plano sequência seguindo Bruce Willis pelas entranhas de Nova York, continua sendo uma obra-prima técnica.
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Fonte: adorocinema