Não faz muito tempo que um grupo de funcionários da Pixar se manifestou contra determinadas decisões internas do estúdio, que pediam a diminuição de referências ou a inclusão de personagens declaradamente queer em suas produções. Na ocasião, durante o vínculo da Disney com , um conteúdo com diversos detalhes sobre este tipo de controle da empresa foi divulgado.
Mais de dois anos depois, o tema retorna através de uma censura na série , prevista para o começo do ano que vem. Segundo uma fonte do The Hollywood Reporter, uma cena que retrataria a história que envolve a transgeneridade foi retirada do projeto.
“Quando se trata de conteúdo animado para um público mais jovem, reconhecemos que muitos pais preferem discutir certos assuntos com seus filhos em seus próprios termos e cronograma”, disse a fonte da Disney ao veículo norte-americano.
Segundo o portal, a personagem continua na produção, mas o diálogo e a sequência que fariam referência à questão foram removidos. A dubladora Chanel Stewart contou ao Deadline que está “muito desanimada” por saber da mudança na trama. A artista foi escalada aos 14 anos, em um momento importante para o início da própria carreira. “Eu era exatamente o que eles queriam, e é por isso que parecia tão certo”, disse ela, hoje com 18 anos.
“Desde o momento em que recebi o roteiro, fiquei animada para compartilhar minha jornada para ajudar a capacitar outras jovens trans. Eu sabia que essa seria uma conversa muito importante. Histórias trans importam e merecem ser ouvidas”, acrescentou.
A mãe da jovem, Keisha, também falou ao veículo sobre como elas receberam a notícia. “Foi perturbador porque minha filha é trans e esta é a vida dela. Eu senti que era muito importante que não escondêssemos esse fato”, comentou. “Pode haver alguns pais por aí que não estão prontos para ter essa conversa, mas este é o mundo em que vivemos e todos devem ser representados. Todos merecem ser reconhecidos.”
Luca: Personagem da animação seria LGBTQIAP+, mas equipe teve obstáculo
A Disney é conhecida por, embora passar uma mensagem de que abraça a diversidade, tocar superficialmente no tema em suas produções – especialmente no que chega pelo departamento de animação. Nas situações em que personagens eram abertamente queer, como a Luz de A Casa Coruja ou Ethan de Mundo Estranho, as represálias externas fizeram o estúdio recuar.
Ao fim, Stewart ainda celebra a oportunidade: “Eu sou definitivamente uma das primeiras [garotas trans] a fazer isso!”, concluiu ela durante a entrevista ao Deadline. Nas redes sociais, uma versão primária da sequência foi vazada.
Qual é a história de Ganhar ou Perder?
A série animada Ganhar ou Perder, da Pixar, narra a história do time de softball Pickles. Não é nada fácil ser uma equipe mista no ensino médio, ainda mais quando estão prestes a encarar o primeiro grande jogo do campeonato. A cada episódio, Ganhar ou Perder nos apresenta o ponto de vista de um dos personagens envolvidos no grande esquema das coisas: jogadores, o árbitro e até seus pais. Cada um dos Pickles tem uma maneira de encarar a realidade em que vivem, e nós acompanhamos a visão única deles.
Ganhar ou Perder estreia 19 de fevereiro.
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Fonte: adorocinema