A Netflix tem um catálogo repleto de produções true crime e mais uma chegou à plataforma. O Enfermeiro da Noite, inspirado no livro homônimo publicado pela Editora Intrínseca, conta a história de Charles Cullen, um serial killer condenado pelo assassinato de dezenas de pacientes no hospital em que trabalhava.
O filme é estrelado por Eddie Redmayne como Cullen e Jessica Chastain, que interpreta sua colega de trabalho, Amy Loughren, responsável por obter evidências dos crimes cometidos pelo enfermeiro. Após a prisão do serial killer, ele confessou 40 assassinatos em Nova Jersey e Pensilvânia, mas os investigadores estimam que ele matou até 400 pessoas.
Confira os principais detalhes sobre a história real de O Enfermeiro da Noite.
Quem são Amy Loughren e Charles Cullen?
Charles Cullen tinha se alistado na Marinha depois do ensino médio, após o falecimento da mãe em um acidente de carro. Em 1987, se formou na escola de enfermagem, onde começou a cometer crimes de assassinato. Ele trabalhou em diversos hospitais e asilos e os pacientes notava seu comportamento estranho.
Já houve um caso em que uma senhora idosa reclamou que ele não era o enfermeiro designado para ela, mas estava continuamente entrando em seu quarto para aplicar injeções. Em outro caso, ele foi demitido por esconder remédios para o coração em um recipiente destinado ao descarte de agulhas. Isso fez com que ele fosse demitido algumas vezes.
Ele conheceu Amy Loughren quando trabalharam juntos no Somerset Hospital, em Nova Jersey. Eles atendiam em muitos turnos noturnos na unidade de terapia intensiva, o que pode ser uma experiência de união.
Tudo começou a mudar na relação deles quando ela foi abordada pelos detetives Tim Braun e Danny Baldwin, que estavam investigando a morte de alguns pacientes que tinham altos níveis de uma droga chamada digoxina, que afeta o coração, em seus sistemas. Foi quando a enfermeira foi atrás de evidências que comprovassem os crimes.
Amy encontrou combinações curiosas de drogas que Charlie sempre ordenava. A lista era longa e Amy sabia que esses medicamentos eram mais comumente usados em uma unidade cardíaca. Charlie estava trabalhando em terapia intensiva. Seus pedidos esvaziaram as gavetas de suprimentos.
Crimes de Cullen e como ele foi capturado
A maioria dos assassinatos de Charles Cullen eram realizados com uma droga chamada digoxina, usado para pessoas que sofrem de problemas cardíacos severos — como o próprio Cullen. O fato dele ter vivido em tais condições de saúde e assassinar pacientes com remédios para o coração intrigava sua colega Amy.
Quando aplicada em dose alta, a digoxina é letal. Assim, Cullen injetava a droga nas bolsas de soro intravenoso dos pacientes. Quando não era isso, ele utilizava doses letais de insulina para seus assassinatos.
True Crimes brasileiros que ainda não ganharam filme ou série, mas deveriam
A morte que chamou a atenção definitiva do seu jeito foi quando um reverendo chamado Florian Gall morreu de um ataque cardíaco fulminante depois de mostrar sinais claros de melhora. A autópsia revelou um nível letal de digoxina em seu sistema. Acredita-se que seus crimes continuaram por 16 anos antes de ele ser finalmente preso em 2003, enquanto trabalhava no Somerset Medical Center em Somerville, Nova Jersey.
Em dezembro de 2003, Loughren pediu a Cullen para encontrá-la em um restaurante e usou um gravador. Ela esperava obter uma confissão dele e, finalmente, conseguiu provas suficientes para a causa provável. Não demorou muito até ele ser preso.
Após sua prisão, Cullen disse aos investigadores que queria tirar os pacientes “muito doentes” de sua miséria e admitiu 30 a 40 assassinatos. Atualmente, ele está cumprindo 17 sentenças de prisão perpétua consecutivas sem liberdade condicional por 397 anos.
Fonte: adorocinema.com