Rumores sugerem que uma adoradora de R’hllor, o Senhor da Luz, vai fazer uma aparição em House of the Dragon (ou A Casa do Dragão), spin-off de Game of Thrones ambientado 172 anos antes do nascimento de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke). A partir deste domingo (21), o público vai descobrir como a guerra civil eclodiu entre os membros da Casa da Targaryen e por que Daemon (Matt Smith) foi rebaixado por seu irmão, o rei Viserys (Paddy Considine), de sua posição como herdeiro do Trono de Ferro.
Durante a San Diego Comic-Con 2022, o autor George R.R. Martin explicou que a nova trama é inspirada no reinado de Henrique I, mais especificamente no período que ficou conhecido como Anarquia. Entre 1138 e 1153, a Inglaterra viveu uma guerra civil pela sucessão da coroa, depois que o único filho homem legítimo de Henrique morreu em um naufrágio. O monarca queria que sua filha, a imperatriz Matilda, o substituisse, mas não conseguiu persuadir os nobres a empossar uma mulher.
É o que acontece com Rhaenyra Targaryen (Emma D’Arcy) em House of the Dragon. A filha mais velha de Viserys vai ser a primeira do sexo feminino a ocupar o assento mais cobiçado de Westeros, o que vai lhe colocar na mira de seu tio Daemon.
Mas onde entra a adoradora de R’hllor nesse contexto dominado por homens? E quem seria essa sacerdotisa capaz de controlar o fogo? Não é necessário ir muito longe para se lembrar de Lady Melisandre, interpretada por Carice van Houten em Game of Thrones.
Reprodução/HBO
A chamada Mulher Vermelha chocou os espectadores inúmeras vezes ao longo das oito temporadas, com destaque para a crueldade que cometeu com a pequena Shireen Baratheon (Kerry Ingram) e sua presença decisiva durante a Batalha de Winterfell.
A própria Carice comentou, lá em 2019, a possibilidade de reprisar o papel, sendo a única integrante da produção original que poderia fazê-lo. Afinal, Melisandre tem entre 100 e 400 anos na linha do tempo de Game of Thrones.
“Tudo depende do roteiro e da abordagem. Eu estaria completamente interessada em fazer isso de novo, desde que pudéssemos ver um lado totalmente diferente de Melisandre. Uma perspectiva que não vimos antes. Se não acontecer, está tudo bem. Sinto que encerrei meu ciclo muito bem”, disse a atriz holandesa ao portal Entertainment Weekly.
Então é possível? Sim, porém os showrunners Ryan Condal e Miguel Sapochnik teriam que apostar nas origens de Melisandre: uma escrava de Asshai que foi vendida ao Templo Vermelho para ser treinada como sacerdotisa. Além de ser instruída em feitiçaria, Língua Comum e Valiriano, lá ela aprendeu a ter visões através do fogo.
E uma delas é a reencarnação de Azor Ahai, um mítico messias que seria capaz de derrotar o Grande Outro (deus do gelo, da escuridão e da morte) e os Outros (uma espécie sobre-humana que vive ao norte de Westeros).
Se os criadores do derivado e o autor da saga literária quisessem causar alguma nostalgia nos fãs, poderiam ainda focar na jornada de Melisandre até Pedra do Dragão, onde mais tarde convenceria Stannis Baratheon (Stephen Dillane) de que ele é o tal salvador.
Embora a atriz tenha deixado em aberto seu retorno, vale ressaltar que tudo não passa de especulação.
