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Cinema

Harriet – O Caminho Para a Liberdade na Tela Quente (21/11): Nos anos 1990, executivo queria atriz branca no papel da ativista negra

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A penúltima segunda-feira de novembro terá pelo menos uma atração cinematográfica na grade da TV Globo, já que o período da Sessão da Tarde foi tomado por jogos da Copa do Mundo durante toda essa semana.

O longa escolhido para a Tela Quente de hoje foi Harriet – O Caminho Para a Liberdade, uma forma de celebração ao Dia da Consciência Negra, comemorado no último domingo, 20 de novembro.

A trama acompanha a história de Harriet Tubman, ativista política que, durante a Guerra Civil americana, ajudou centenas de escravos a fugirem do sul dos Estados Unidos, logo depois que ela mesma tivesse conseguido escapar da escravidão, no ano de 1849. Suas ações contribuíram fortemente para que a história tomasse um novo direcionamento.

Teste de Bechdel

O longa de Kasi Lemmons, de Luke Cage, é um ótimo exemplo de projeto “aprovado” pelo teste de Bechdel, que avalia a representação feminina em obras artísticas. A obra precisa ter 1) pelo menos duas mulheres, 2) que conversem uma com a outra, 3) sobre algum assunto que não seja um homem.

O que é o Teste de Bechdel? Saiba quais filmes famosos falham na representatividade feminina

Oscar 2020

Cynthia Erivo, a protagonista do longa, foi indicada ao Oscar 2020 na categoria de Melhor Atriz. O projeto ainda entrou na disputa de Melhor Canção Original por “Stand Up”.

Além da premiação guiada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o longa ainda ganhou indicações ao Critics’ Choice Movie Awards, Globo de Ouro, SAG Awards e Hollywood Film Awards, que concedeu o prêmio de Melhor Atriz Revelação para Erivo.

Falando em prêmios, a estrela do longa é conhecida por soltar o vozeirão na Broadway. Pelo espetáculo de A Cor Púrpura, ela conquistou vitórias no Emmy, Tony e Grammy.

Julia Roberts?

Apesar de ter chegado aos cinemas em 2019, Harriet já é um projeto veterano em Hollywood, com uma produção lenta, porém ininterrupta, por décadas.

Entre as diversas incursões do roteiro pela indústria, um executivo da Focus Features chegou a sugerir que Julia Roberts interpretasse a personagem principal, uma ativista negra com forte conhecimento histórico. Isso aconteceu em 1994.

“Me disseram que um chefe de estúdio disse em uma reunião: ‘Esse script é fantástico. Vamos trazer Julia Roberts para interpretar Harriet Tubman'”, disse o roteirista Gregory Allen Howard em entrevista ao Los Angeles Times. “Quando alguém explicou que Roberts não podia ser Harriet, o executivo respondeu: ‘Faz muito tempo. Ninguém vai saber a diferença'”, completou.

Fonte: adorocinema.com

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