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Cinema

Festival do Rio 2022: Transe foi contextualizado “desde o #EleNão até o resultado das eleições de 2018”, afirma Johnny Massaro (Entrevista)

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O Festival do Rio 2022 começou na última quinta-feira (6), em um belíssimo evento de abertura realizado no tradicional Cine Odeon, na Cinelândia, Rio de Janeiro. A cerimônia contou com convidados especiais e, entre eles, estava o elenco de Transe, filme estrelado por Johnny MassaroLuisa Arraes e Ravel Andrade.

O filme acompanha três jovens que vivem um romance não-monogâmico em meio a um cenário político que ameaça tudo o que foge do tradicional. O AdoroCinema esteve na abertura do Festival do Rio e conversou com Anne Pinheiro, diretora do longa-metragem, e os protagonistas Luisa Arraes e Johnny Massaro, que revelaram mais detalhes sobre a trama.

“A história começa 45 dias antes das eleições de 2018 e do encontro desses três jovens que acabam criando uma relação, só que dentro de um contexto dos eventos que estavam acontecendo. O filme tem a particularidade de ter sido feito no calor dos acontecimentos”, afirmou a cineasta.

Johnny Massaro mencionou que, apesar de ser uma trama muito atual, ele esperava que pudesse ter sido lançado em um momento mais tranquilo para o cinema nacional. “ A gente filmou no olho do furacão, desde o [movimento] #EleNão até o resultado do segundo turno das eleições de 2018. Então é um recorte muito genuíno da tentativa de registrar o nosso desespero, a nossa angústia, a nossa inocência, a nossa ingenuidade e, também, os nossos privilégios vivendo aqueles personagens.”

Eu esperava poder lançar Transe em um outro contexto, mas acho ainda mais incrível poder lançá-lo agora, com a situação um pouco desesperadora e angustiante que a gente está vivendo.

Luisa Arraes revelou que o filme começou a ser feito sem roteiro, apenas com ideias e uma câmera no braço, até se materializar, de fato. Após a pandemia e o fechamento de diversos cinemas, ela está esperançosa em lançar Transe no Festival do Rio, que retornou aos moldes presenciais definitivamente, com apoio da Prefeitura do Rio e de patrocinadores.

A gente teve uma pausa, um boicote à cultura muito grande. É muito triste! A gente finge que não está acontecendo, mas é horrível. Um desmonte total dos teatros, dos cinemas e espero que a gente saia disso. Mas, é ótimo ver a nossa cidade respirando o Festival do Rio e vendo que, daqui a pouco, vai todo mundo pegar de novo a revista e ver um filme atrás do outro.

Convidando os fãs de cinema a assistir Transe, que será exibido nos dias 14 e 15 de outubro na Estação Net Gávea e Cine Odeon, Luisa Arraes concluiu: “É mais atual do que nunca. É muito emocionante. Um filme que fala muito de amor e de política também.”


Transe







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