O AdoroCinema esteve presente em mais um dia de Festival do Rio, e dessa vez, a noite foi do longa O Pastor e o Guerrilheiro. Com um enredo histórico e político, o filme inspirado na história real contada no livro Relato de um Guerrilheiro, de Glênio Sá, é uma produção de Nilson Rodrigues e tem a direção de José Eduardo Belmonte (Carcereiros).
O elenco conta com Johnny Massaro – que está em outras duas produções em cartaz no Festival, entre elas, seu primeiro trabalho de direção, A Cozinha – e Julia Dalavia, que acaba de viver Guta no remake de Pantanal; além de nomes como Gabriela Correa, Ana Hartmann e Tulio Starling.
Em clima pré eleições presidenciais, o filme que já tinha marcado sua presença no Festival de Gramado, deixou seu recado no Festival do Rio. Belmonte relembrou que o filme deveria ser dedicado à todas as pessoas que lutaram e continuam lutando pela democracia no Brasil, e o ator Tulio Starling, que vive o estudante Diogo, relembrou que faltando apenas alguns dias para o segundo turno das votações, o filme “nos ajuda a compreender porque nós estamos frente às eleições mais importantes da história da nossa democracia”.
Quando o jovem comunista João (Johnny Massaro) deixa a universidade e vai para uma guerrilha na Amazônia, é preso, torturado e enviado para a prisão em Brasília, onde conhece Zaqueu (Cesar Mello), um cristão evangélico preso por engano. Eles sofrem juntos, superam diferenças ideológicas, se ajudam e marcam um encontro para 27 anos depois, à meia-noite, na virada do milênio, em cima da Torre de TV de Brasília – mas João morre em um acidente de carro, em 1990.
Em 1999, um velho coronel do exército comete suicídio e deixa parte de sua herança para Juliana, filha bastarda fruto de seu relacionamento com a antiga empregada da casa. Através de um livro encontrado na casa, ela descobrirá que seu falecido pai foi o torturador dos dois jovens no passado e que o encontro marcado entre os rapazes não ocorrerá. O destino colocou Juliana na história e o encontro marcado terá um desfecho diferente do que foi combinado.
A guerrilha do Araguaia, contexto histórico que o filme trabalha, foi uma tentativa de ação revolucionária comunista, entre 1967 e 1974, na região de mata cortada pelo Rio Araguaia. O objetivo dessa missão era enfrentar a ditadura militar no país através da luta armada. Você lê a crítica do AdoroCinema sobre O Pastor e o Guerrilheiro aqui.
O Festival do Rio 2022 acontece entre os dias 6 e 16 de outubro no Rio de Janeiro.