Neste domingo, 19 de junho, é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. Para celebrar os 125 anos da produção cinematográfica no país, momento único da nossa história, o Canal Brasil vai mergulhar nas produções nacionais durante nove dias, com uma programação que vai de clássicos atemporais a sucessos contemporâneos.
A grade especial começa na madrugada de domingo, 18, para segunda, 19, à 0h, até dia 27, às 21h30. A partir de um vasto acervo, foram selecionados longas e curtas-metragens que devem representar toda a pluralidade do cinema brasileiro. A celebração acontece no mesmo ano em que o Canal Brasil celebra seu aniversário de 25 anos. Nas últimas duas décadas e meia, o canal dedica a maior parte de sua grade às produções audiovisuais brasileiras, seja por meio de programas de entrevistas, seja nas faixas de exibição de filmes nacionais.
A maratona tenta abarcar diversas fases do nosso cinema, desde 1931, com o longa dirigido por Mário Peixoto, Limite, até filmes mais recentes que se tornaram sucessos de bilheteria, como Minha Mãe É Uma Peça (2013), do saudoso Paulo Gustavo e com direção de André Pellenz. Há também produções inéditas para a TV, como é o caso de O Ébrio (1946), longa de Gilda Abreu importantíssimo para a história do cinema brasileiro.
Compõem a maratona ainda Dona Flor e Seus Dois Maridos, dirigido por Bruno Barreto, Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, 2 Filhos de Francisco, de Breno Silveira e Carandiru, de Hector Babenco. Dois filmes nacionais emblemáticos que já têm suas continuações em produção também marcam presença na mostra: Ó Paí, Ó, de Monique Gardenberg, e O Auto da Compadecida, dirigido por Guel Arraes.
Parte das produções mais recentes, a programação abarcará a transmissão de Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, Marte Um, de Gabriel Martins, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro, entre outros.
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Na lista de clássicos indispensáveis, o repertório ainda abraçará O Beijo da Mulher-Aranha, de Babenco, Terra em Transe, de Glauber Rocha, Central do Brasil, de Walter Salles, Madame Satã, de Aïnouz, e muito mais.
Além dos projetos citados, há destaque para nomes como Adélia Sampaio, primeira mulher negra a realizar um longa no Brasil com Amor Maldito. Zózimo Bulbul com o curta-metragem A Alma no Olho, Joel Zito Araújo (A Negação do Brasil) e Jeferson De (Bróder) reforçam a representatividade no cinema nacional.
A presença feminina em diversas gerações de cineastas ganha destaque. Além de Gilda Abreu e Anna Muylaert, também marcam presença na mostra grandes diretoras como Suzana Amaral (A Hora da Estrela), Helena Solberg (Carmen Miranda: Bananas Is My Business), Carla Camurati (Carlota Joaquina, Princesa do Brazil) e Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças)
De 18 a 27 de junho, a programação completa com os 125 filmes pode ser vista aqui.
Fonte: adorocinema