Em breve, a protagonista Beatriz () ganhará uma nova aliada em , a novela das seis da . A personagem será interpretada por , que retorna às telinhas após viver a jornalista Cecília em (2023).
Há três anos, a atriz fez parte do grupo que denunciou atitudes racistas nos bastidores da emissora, o que culminou na demissão do diretor .
“Que delícia participar dessa novela linda e cheia de amigos”, escreveu Cinnara nas redes sociais. Ela agradeceu à autora pelo convite, mas ainda não deu detalhes sobre como será seu próximo papel na televisão. A escalação da atriz foi publicada inicialmente pela coluna Play, de Anna Luiza Santiago, no jornal O Globo.
Há uma semana, Cinnara Leal mudou o visual para a nova personagem e postou o resultado em seu perfil no Instagram. Confira:
A trama das 18h está próxima de chegar ao capítulo 100, quando a história terá uma virada impactante com a revelação do segredo de Zélia () – a identidade do aliado misterioso com que ela conversa ao telefone. Depois da “bomba”, Clarice () finalmente recuperará sua memória.
No núcleo de Beatriz, outro novo personagem entrará em cena. interpretará Cássio Cavalcanti, um ator de telenovelas que fará par com a mocinha em uma adaptação do romance Senhora na TV Ondas do Mar.
A denúncia que afastou diretor da Globo
Cinnara Leal despontou na TV em Vidas Opostas (2006), da Record, e dois anos depois já iniciava sua trajetória na Globo. Esteve no elenco de produções de sucesso como (2009) e (2013). No cinema, participou mais recentemente de (2023) e (2018).
Foi em 2021, durante as gravações da novela , trama de e , que a atriz se uniu a duas colegas, e , para denunciar atitudes discriminatórias nos bastidores. A informação foi divulgada inicialmente pelo site Notícias da TV, em fevereiro de 2022.
TV Globo
A emissora investigou o caso e optou pela demissão de Vinicius Coimbra, que já estava escalado para a novela (2023), mas foi substituído por . Apesar disso, Coimbra negou que sua saída tenha sido motivada por racismo, especificamente por falas preconceituosas e segregação de atores negros.
“Fui comunicado do meu desligamento da Globo por assédio moral. Nas últimas semanas, muito foi dito a meu respeito. Por isso, agradeço àqueles que prezaram por uma apuração responsável dos fatos, sem atribuir a mim atitudes que não condizem com a minha índole ou que não são da minha competência”, declarou à época.
“Como homem branco, porém, reconheço minha responsabilidade por atitudes que reproduzem privilégios. Eu sinceramente não gostaria que isso tivesse acontecido e estou empenhado para que não se repita. Desculpei-me à época e me desculpo novamente”, complementou.
Após a denúncia que resultou no afastamento do diretor, Cinnara comentou o caso em entrevista à Quem: “O acolhimento do público que a gente teve foi impressionante, necessário e importante. Silenciar não é mais opção, a gente não pode se permitir passar por violência, crimes e naturalizar isso. Qualquer tipo de violência é crime, não pode naturalizar“, afirmou em abril de 2022.
Um ano depois, em entrevista à Folha de S. Paulo, a atriz voltou a abordar o episódio, destacando as mudanças que as denúncias trouxeram em relação ao na emissora. “Era um processo que já estava para acontecer, por um reconhecimento dos atores negros. A casa reconheceu que o preconceito não deve limitar”, declarou.
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Fonte: adorocinema
