Quando se pensa nos filmes de , talvez não seja aquele que vem imediatamente à mente, mas é certamente um dos . No entanto, como é muito mais calmo e tranquilo do que seus outros títulos, é compreensível que seja menos citado do que , e .
A história segue Jackie Brown, uma comissária de bordo que usa seu trabalho para ganhar uma renda extra ilegal, transportando dinheiro para um traficante de armas nos EUA. Um dia, um agente federal a prende no aeroporto e quer a ajuda dela para chegar ao traficante Ordell Robbie. Jackie então elabora um plano ousado para enganar a todos em uma próxima transferência envolvendo uma quantia de meio milhão de dólares.
Tarantino revive carreiras
Jackie Brown é o único filme de Tarantino baseado em um romance. Para o roteiro, ele adaptou o livro Rum Punch, publicado por em 1992, e escolheu , uma superestrela do movimento blaxploitation dos anos 1970, para interpretar a personagem-título.
Assim como em Pulp Fiction, o diretor deu um novo fôlego à carreira da atriz, que havia caído no esquecimento anos antes, depois de ter ficado muito famosa principalmente graças às suas personagens em e .
Mas Pam não foi a única pessoa que Tarantino trouxe de volta ao centro das atenções com esse filme. Ele também deu um papel memorável a , que ajudaria o ator com então 56 anos a relançar sua carreira. O papel era o de um simpático corretor de penhores que se apaixona por Jackie Brown.
Um retorno sensacional aos 56 anos
No final dos anos 1990, o ator havia chegado a um beco sem saída, incapaz de encontrar papéis importantes e tentando sobreviver em produções pequenas. Depois de ter sido um astro importante nas décadas de 1960 e 1970 (com filmes como Os Pecados de Todos Nós e O Don Está Morto), Forster estava vegetando há 20 anos em filmes B de Hollywood quando Tarantino lhe ofereceu a chance de assumir o papel de Max Cherry.
Miramax
“Eu tinha que aceitar qualquer papel, porque tenho quatro filhos, e você tem que aprender a assumir qualquer papel e fazer o melhor que puder com ele”, revelou ele em entrevista ao IndieWire em 2011.
Minha carreira estava no ponto mais baixo e então Quentin apareceu!
Sua atuação lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 1998 e colocou o artista de volta no mapa. “Minha carreira estava no ponto mais baixo e então Quentin apareceu”, confidenciou ele no documentário . O filme apresenta uma entrevista comovente com Forster antes de sua morte em 2019.
Um papel que mudou a vida de Robert Forster
“Tarantino me disse que estava adaptando Rum Punch, um romance de Elmore Leonard, para um filme. Achei que não iam permitir que ele me contratasse. Naquele momento da minha carreira, eu não era mais desejado. Eles estavam procurando por headliners. Nunca vou me esquecer do que ele disse. Ele disse: ‘Eu contrato quem eu quiser’. Foi quando eu falei a mim mesmo que isso iria mudar minha vida”, revelou o ator.
Ele disse: ‘Eu contrato quem eu quiser’. Foi quando eu falei a mim mesmo que isso iria mudar minha vida.
Foi especialmente graças a Jackie Brown que Robert Forster conseguiria, mais tarde, um papel marcante na série , o do faxineiro Ed Galbraith. , criador da série, era fã do longa-metragem e queria muito o ator no papel desse personagem. Ele reprisaria o papel no filme , uma de suas últimas atuações antes de sua morte em 11 de outubro de 2019, aos 78 anos.
“Hoje, o mundo perde mais um cavalheiro. Mais um rebelde. Um homem bom. Um pai maravilhoso. Um ator maravilhoso. Lembro-me de todos os nossos cafés da manhã no Silver Spoons. Todas as histórias. Todas as palavras gentis. Todo o apoio. Dar a Robert Forster um papel em Jackie Brown foi uma das melhores decisões que tomei em minha vida”, disse Tarantino na época.
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Fonte: adorocinema
