Um dos grandes desafios de criar um conteúdo audiovisual baseado em uma história real é entender até que ponto a inspiração terá influência sobre os personagens e a narrativa, uma vez que acontecimentos são subjetivos e as pessoas envolvidas podem se sentir afetadas de alguma forma.
No caso de , um dos maiores projetos da Netflix em 2024, teve um cuidado especial para interpretar um dos grandes ícones automobilísticos da história do Brasil e do mundo. Além de encontrar em sua pesquisa alguns trejeitos do piloto, foi no olhar do corredor que encontrou a sua maneira de interpretá-lo.
Em entrevista ao AdoroCinema, o astro de Ferrari, Dom e Eduardo e Mônica abordou a forma como a equipe trabalhou com versões mais novas de grandes personalidades que ainda estão vivas hoje, como , , e muitos outros.
“A gente construiu dentro do roteiro as personalidades, as pessoas que passaram pela vida dele, que eram importantes para contar a nossa história”, explica o ator. “É claro que você tem seis episódios para contar 34 anos de vida. Muita gente acaba ficando de fora. Você precisa fazer escolhas, né?”
Ele continua: “Assim como foi comigo, acho que pra todos os outros personagens tivemos todo o cuidado de chegar o mais próximo possível para proporcionar essa imersão. Para que quando você assistir a série você acredite, especialmente nós brasileiros, nas figuras que a gente conhece que ainda estão vivas nesse momento – só que na série estão num momento mais jovens, na época do contato com o Senna”, detalha.
O intérprete de ainda fala sobre um caso que acha curioso, o de Galvão Bueno. O narrador aparece na minissérie durante a década 1980, uma figura que ainda não havia se tornado a personalidade que o público conhece hoje. “Você pega fotos [do Galvão], era muito diferente. E o nosso ator não pode fazer o Galvão que as pessoas conhecem e que as pessoas estão acostumadas de hoje. Ele tá fazendo dos anos 1980”, explica.
Leone ainda afirma uma das questões que a equipe evitava a todo instante. “Tudo foi muito importante para gerar essa imersão, para dar unidade”, define ele. “Ao mesmo tempo, uma coisa que desde o início ficou muito clara entre todos nós era que a gente jamais ia se aproximar de um lugar de imitação, sabe? É um processo de caracterização para deixar o mais semelhante possível, mas na hora, na hora das cenas, é cada um com a sua composição.”
Pela primeira vez em uma narrativa audiovisual de ficção, mesmo que baseada nos momentos mais emblemáticos da carreira de Senna, a minissérie se preocupa em apresentar uma história dentro deste universo produzido e dirigido por , ao lado de atrás das câmeras.
“O que precisava acontecer era que a cena precisava funcionar. Aquilo ali está inserido num contexto de uma cena e não da vida real, exatamente como as coisas aconteceram. Por isso que a gente está fazendo uma ficção”, conclui. “Por mais que seja inspirada em fatos reais, é uma ficção. Isso foi muito importante para todos nós que fizemos essas figuras reais, de construir cada um no seu processo. Ter os personagens ali existindo, mas ao mesmo tempo servir à história.”
Senna chega ao catálogo da Netflix em 29 de novembro, próxima sexta-feira.
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Fonte: adorocinema