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Cinema

Chocolate Com Pimenta: “Me senti muito mal fazendo aquilo”, Priscila Fantin relembra uma das cenas mais cruéis de Olga (Exclusiva)

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O nono mês do ano vai ter um gostinho doce! Chocolate Com Pimenta será reexibida no Vale a Pena Ver De Novo a partir de 26 de setembro. A novela de Walcyr Carrasco, que foi um sucesso entre os anos 2003 e 2004, substituirá O Cravo e a Rosa, também escrita pelo autor.

Estrelada por Mariana Ximenes, Murilo Benício, Priscila Fantin, Elizabeth SavallaDrica Moraes e Lília Cabral, a trama é ambientada em 1920 e se passa em uma cidade pequena que reúne madames, políticos e interioranos. O enredo gira em torno de Ana Francisca, que tem sua vida mudada após a morte do pai e vai morar com parentes distantes.


Chocolate com Pimenta







Lá, ela conhece Danilo na escola, um rapaz por quem se apaixona, mas precisa lidar com algumas barreiras como a diferença de classes sociais entre eles, sua aparência considerada antiquada e a namorada mimada do rapaz, Olga. Após ser humilhada publicamente em um plano conjunto formado pela família do rapaz, Ana deixa a cidade e volta anos depois: bela, rica e pronta para se vingar de todos os que a machucaram.

Em entrevista exclusiva concedida pela Rede Globo ao AdoroCinema, Priscila Fantin, intérprete da vilã Olga, falou sobre suas melhores memórias da época em que estrelou Chocolate Com Pimenta. Confira a conversa na íntegra!

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Reprodução/Rede Globo

O que sentiu quando soube que Chocolate com Pimenta foi a novela escolhida para substituir O Cravo e a Rosa, que está fazendo grande sucesso no novo horário de novelas da TV Globo?

“Fiquei mega feliz! Uma novela divertida e alto astral faz bem pra todo mundo, né?”

A Olga é um dos papéis mais marcantes de sua trajetória. De que forma esse trabalho contribuiu na sua carreira?

“A Olga trouxe o respiro necessário depois de Maria de ‘Esperança’. Era uma personagem que me divertia!”

Quais foram os maiores desafios para interpretar a personagem?

“Foi tudo tão gostoso que acho que o mais difícil foi só ter de cortar o cabelo no ombro!”

O que você recorda do trabalho de composição para viver a Olga?

“Me recordo que ela começava com 16 anos e depois partia pra uns 20 e poucos. Tive aula de baliza para compor a fanfarra de Ventura na Ponte do Passo do Inferno em São Francisco de Paula. E tive que comer fígado (na época não comia carne) porque a personagem fingia estar doente. Lembro de tudo com muito carinho! Foi uma época deliciosa, um trabalho leve e gostoso de fazer. Todo mundo ia gravar feliz.”

Apesar de fazer maldades, ela não era considerada uma vilã…

“De acordo com o Walcyr, a Olga seria ainda mais ingênua, mas imprimi um jeito, sem mudar o texto, que deu uma apimentada na personagem. Era a antagonista da Aninha, da Pata Choca, da Maria Mijona (risos). Queria que o Danilo fosse dela e não sabia como fazer isso, então tentava ridicularizar a Ana Francisca. Muitas meninas se identificaram com a inveja que a Olga tinha, pelo simples fato dele gostar da Ana e não dela.”

Quais foram as melhores parcerias com atores do elenco que você teve durante a novela?

“Ernani Morais, Tânia Bondezan, Luiza Curvo e ngelo Paes Leme eram os que estavam mais próximos da Olga, que a conheciam sem máscaras e com quem eu podia jogar mais em cena!”

Alguma curiosidade em especial ficou marcada nas suas lembranças dos bastidores?

“Sim! Quando fomos gravar na escola, Samara (Felippo) foi de carro e enquanto esperávamos pra gravar, já caracterizadas, ficávamos no carro dela (com a Nívea Stelmann também) escutando funk. Era divertido porque a nossa roupa e cabelo de época não condiziam (risos).”

Qual a cena ou sequência mais te marcou em Chocolate com Pimenta?

“A que a Olga faz Danilo convidar a Ana para ir ao circo e dar uma volta depois, aí quando eles se beijam, a escola inteira acende os faróis do carro apontando para a cara dela e rindo. Eu me senti muito mal fazendo aquilo, tive dificuldade em rir….”

Gosta de rever personagens antigas ou costuma ser muito autocrítica?

“Adoro! Acho muito legal! A caracterização, as minhas escolhas na interpretação… Eu fui corajosa em me entregar às minhas personagens e sinto orgulho disso.”

Você atuou em diversas novelas do Walcyr Carrasco, como é essa parceria e a forma como entende as personagens dele que interpretou?

“O Walcyr é mestre em folhetins. Suas personagens são de fácil identificação do público, tem graça, leveza e, ao mesmo tempo, profundidade. Foi dando certo de fazermos novelas juntos. Tenho a maior gratidão pelos nossos trabalhos juntos, que se tornaram grandes sucessos da TV.”

Quais são seus projetos atuais?

“Estou em turnê com ‘Precisamos Falar de Amor Sem Dizer Eu Te Amo’ (próxima parada em São Lourenço do oeste, dia 24/09). Estamos construindo um estúdio para a segunda temporada do podcast que leva o mesmo título da peça (e estudamos abrir um novo, só eu e Bruno (marido). Seguimos tocando nosso escritório artístico com autonomia e criatividade (desenvolvendo também um longa e uma série). E em breve estreio uma comédia nos cinemas com Matheus Ceará.”

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