Ele se chama M13, foi criado por cientistas da Universidade da Califórnia (Berkeley), e tem uma habilidade inédita (1): se exposto ao calor, começa a produzir uma corrente elétrica.
Esse fenômeno, que se chama piroeletricidade (e só havia sido detectado em minerais), acontece porque a parte externa do vírus foi revestida por uma proteína eletricamente carregada: metade dela tem carga positiva, e a outra metade tem carga negativa.
O calor perturba as moléculas dessa proteína, fazendo com que elas se desmanchem – e esse movimento altera as posições dos polos negativo e positivo, gerando uma “diferença de potencial elétrico”, ou seja, voltagem.
Os cientistas acreditam que o M13 poderá ser usado, no futuro, como uma espécie de bateria biológica para alimentar pequenos dispositivos eletrônicos – como o vírus é capaz de se autorreplicar, ele “recarregaria” essa bateria sozinho.
Fonte 1. Virus-Based Pyroelectricity. S Lee e outros, 2023.
Fonte: abril