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Ciência & Saúde

Tempestade solar de nível G4 se aproxima da Terra a partir desta sexta-feira, alertam cientistas

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Pela primeira vez desde janeiro de 2005, o Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC) dos EUA sim, esse órgão de monitoramento existe notificou a Terra da aproximação de uma tempestade geomagnética de nível G4, o segundo mais alto em uma escala que vai de zero a cinco.

Um pico de emissão de radiação eletromagnética, majoritariamente nos comprimentos ultravioleta e raios X, já ocorreu às 3h50 da manhã desta sexta (10). E pelo menos sete ejeções de massa coronal (CMEs, na sigla em inglês) estão viajando em direção à Terra e devem chegar até domingo (12).

CMEs são, grosso modo, pedacinhos da superfície do Sol expulsos pela estrela. Eles vêm na forma de plasma, um quarto estado da matéria em que os átomos estão tão aquecidos que seus elétrons (com carga elétrica negativa) se separam dos núcleos (com carga positiva).

As ejeções de massa coronal demoram alguns dias para nos alcançar e são diferentes de pulsos de radiação eletromagnética como o que atingiu a Terra nesta madrugada. O Sol pode liberar as duas coisas durante uma tempestade. A radiação é luz e, portanto, viaja na velocidade da luz, chegando ao nosso planeta em apenas 8 minutos.

Esse volume intenso e repentino de raios X e ultravioleta, bem como as CMEs que estão a caminho, foram expelidos por uma região turbulenta na superfície da estrela conhecida pelo código AR3664. Essa mancha solar tem 16 vezes o diâmetro do nosso planeta veja uma comparação no tweet abaixo:

Até o momento da publicação deste texto, haviam detectadas interferências em sinais de rádio de alta frequência na Ásia e em países mais ao leste da Europa e da África. As Américas não estão na área atiginda pelo pulso desta madrugada:

Mapa-múndi com a área da Terra atingida por uma tempestade solar.
(NOOA/SWPC Boulder CO, USA/Reprodução)

Não há com que se preocupar: o campo magnético da Terra protege os seres vivos desse tipo de ocorrência. Porém, sistemas de rádio, satélites na órbita da Terra, GPS e redes de distribuição elétrica podem, sim, ser afetados. Em outubro de 2003, por exemplo, uma tempestade de grau G5, ainda mais forte, causou um apagão na Suécia.

Autoridades que monitoram o Sol, como a SWPC americana, já informaram empresas públicas e privadas dos riscos que a tempestade representa para a infraestrutura tecnológica da Terra e das providências que podem ser tomadas para amenizá-los. Haverá desvios em alguns voos que passam perto dos polos, onde poderão ocorrer auroras.

Vale dizer que esse é um acontecimento normal. A cada 11 anos, aproximadamente, o Sol tem picos de atividade com potencial para bagunçar os gadgets terráqueos. Embora possam gerar transtornos pontuais em grids de distribuição de energia mundo afora, esses eventos não constumam ter consequências catastróficas.

 

 

Fonte: abril

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