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Ciência & Saúde

Explodiu o foguete Starship de Elon Musk 4 minutos após decolagem – conheça essa nave espacial revolucionária

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Nesta quinta (20), a SpaceX, empresa do bilionário americano Elon Musk, lançou o Starship em um voo teste – e o foguete explodiu no céu quatro minutos depois. O lançamento aconteceu no Texas (EUA), às 10h33 (horário de Brasília), e o voo foi transmitido ao vivo pela empresa no Youtube. Não havia tripulação a bordo.

O Starship decolou, mas explodiu quando o estágio superior do foguete (a espaçonave) se separaria do estágio inferior (o sistema de lançamento). A SpaceX explicou, mais tarde, que alguns motores desligaram durante o voo e, por isso, acionou-se um sistema de destruição do foguete.

Apesar disso, a decolagem foi considerada um sucesso: a SpaceX parabenizou toda a equipe em sua conta do Twitter e afirmou que o teste vai ajudar a melhorar a confiabilidade do Starship. “Os times continuarão revisando informações e trabalhando para o próximo voo teste.”

Foi o primeiro voo teste do Starship, com foguete e espaçonave integrados – o primeiro protótipo do foguete decolou em 2019, e depois vieram mais oito lançamentos. Este voo aconteceria na última segunda-feira (17), mas foi cancelado enquanto o foguete estava na plataforma de lançamento devido a um problema de pressurização no propulsor.

Mas, afinal, por que se fala tanto sobre o foguete de Elon Musk?

É que o Starship é considerado o foguete mais poderoso já construído. Ele tem 120 metros de comprimento – só a espaçonave tem 50 – e pode carregar 150 toneladas até a órbita baixa da Terra. Segundo a SpaceX, poderia levar mais de cem pessoas de uma só vez para Marte.

Carregar cem toneladas, por exemplo, é como transportar um Boeing 747 com a área de carga cheia. Isso torna o Starship mais poderoso do que o Saturno V, usado nas missões lunares Apollo, da Nasa, entre as décadas de 1960 e 1970, e seu sucesso moderno, o ​​Space Launch System (SLS). 

Veja só: o Starship tem 9 metros de diâmetro. Isso significa que ele poderia transportar o Telescópio Espacial James Webb para o espaço – sem que o pessoal da Nasa tivesse que planejá-lo de maneira que seu espelho, de 6 metros de diâmetro, fosse dobrável.

Além disso, o foguete foi planejado para ser reutilizável: seus principais elementos não serão descartados no oceano nem vão queimar como acontece em outros sistemas de lançamento. A ideia é que o foguete seja capaz de lançar a espaçonave e retornar ao solo para que possa ser reabastecido e decole novamente em um curto espaço de tempo – o que reduziria os custos de todo o processo.

O Starship será o foguete responsável por transportar astronautas até a Lua na missão Artemis 3, que deve levar pessoas à órbita lunar em 2025, pela primeira vez em mais de 50 anos – e na missão seguinte, Artemis 4, em que a tripulação botaria os pés no satélite. 

A SpaceX também pretende usar seu foguete para transportar satélites da Starlink, seu serviço de internet. Mas Elon Musk está mesmo de olho em Marte: toda propaganda sobre o foguete gira em torno da possibilidade de, um dia, levar pessoas para viver em colônias marcianas.

Fonte: abril

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