A nova soja recebeu o gene LanFP1, que foi extraído do Branchiostoma floridae, um cefalocordado marinho: animal em forma de peixe que tem 5 cm de comprimento, vive enterrado na areia e tem a capacidade de emitir luz, pois produz uma proteína fluorescente.
Graças ao LanFP1, a soja (criada pela empresa americana InnerPlant) e suas sementes também brilham. Elas fazem isso se estiverem com fungos, um problema comum no cultivo de soja.
A planta começa a brilhar 48h após ser infectada, bem antes da soja tradicional (que só exibe os primeiros sinais visíveis do problema três semanas após a infecção).
Isso permite que o agricultor detecte o fungo rapidamente, e combata a infecção utilizando menos agrotóxico – segundo a InnerPlant, a luz emitida pela soja pode ser enxergada por drones e até satélites.
A planta já recebeu autorização do governo dos EUA, onde está sendo cultivada em caráter experimental (a InnerPlant pretende lançar comercialmente as sementes em 2025).
Além da soja, a empresa está desenvolvendo versões do tomate, do milho e do algodão com essa tecnologia – e pretende ampliá-la para que as plantas também brilhem sob outros tipos de estresse, como falta de irrigação ou fertilizante.
Fonte: abril