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Ciência & Saúde

Qualidade do ar em São Paulo é a pior do mundo hoje: dados atualizados.

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Nesta segunda, 9, um misto de calor, tempo seco e fumaça de incêndios espalhados pelo Brasil levou a cidade de São Paulo ao topo do pódio da competição de pior qualidade de ar do mundo. Quem deu esse título para o clima paulistano foi a empresa suíça IQAir, que mede o nível de poluição no ar em tempo real de cerca de 120 das maiores cidades do mundo.

São Paulo dominou o ranking entre cerca de 10h da manhã e 14h da tarde, quando foi destronada pela cidade de Laore, no Paquistão. A IQAir produz e vende sensores de qualidade do ar. As informações desses aparelhos ajudam a compor um ranking, com dados globais desde 2017, que pode ser acessado num mapa interativo. Dando zoom na área do Brasil, dá para ver o ar de qualidade baixíssima dominando quase todo o estado de SP, e conferir como estão outras cidades brasileiras que não aparecem no ranking global.

O índice numérico da IQAir para determinar a qualidade do ar vai de zero (“ótimo”) a mais de 300 (“fuja agora, você provavelmente está no meio de um incêndio”). A partir de 150, o ar é classificado como insalubre. São Paulo ficou nessa categoria hoje, revezando no pódio com cidades como Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Adis Abeba, a capital da Etiópia.

São Paulo ficou no pódio do ranking principal, que só analisa 121 cidades grandes. Usando o mapa interativo da IQAir, dá para encontrar qualidades de ar piores dentro do Brasil, como em Porto Velho, capital de Rondônia, que bateu 234 no índice de poluição da empresa europeia. A região norte está sofrendo com queimadas intensas na Amazônia, e o estado de Rondônia teve 144% mais queimadas do que no ano , segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Entre 5 de agosto e 3 de setembro, o índice da IQAir só registrou quatro dias com qualidade do ar boa em São Paulo. A cidade tem recebido poluição e fuligem do corredor de fumaça dos incêndios florestais espalhados pelo estado e por todo o país.

Queimadas em São Paulo

São Paulo conta com relógios digitais nas ruas que também servem como informantes da qualidade do ar da cidade. Várias regiões da cidade mostravam a segunda pior categoria hoje, muito ruim. Quando o ar está assim, ele pode agravar sintomas de quem já sofre com pulmonares e cardiovasculares, além de causar problemas respiratórios para a população.

48 municípios do estado continuam em alerta máximo de perigo para incêndios. No começo da segunda-feira, a Defesa Civil paulista revelou oito focos de fogo ativos: General Salgado, Dois Córregos, Antonio do Aracanguá, Itirapuã, Mairiporã, São João da Boa Vista e Elias Fausto.

Quase todo o estado, menos as cidades do litoral, está em emergência para risco de incêndio até o próximo sábado, dia 14. As temperaturas altas e umidades baixas devem continuar na capital pelo menos até sexta-feira, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Em comparação com o mesmo período (janeiro a agosto) do ano passado, o número de focos de calor em São Paulo cresceu 386%. Desde que os incêndios começaram, no fim de agosto, 15 pessoas já foram detidas por causar queimadas no estado.

Fonte: abril

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