O Sol está a 150 milhões de km da Terra, enquanto o Everest tem “só” 8 km de altitude. Ou seja: a diferença entre a radiação solar que atinge o topo da montanha e a radiação que atinge a base é mínima, negligível para fins práticos (sentimos muito, Ícaro: não importa o quão alto você voe, você estará apenas um fio de cabelo mais perto da estrela).
O que complica a vida dos alpinistas é que a atmosfera da Terra vai se tornando rarefeita. Se existem menos moléculas de ar por metro cúbico, então a pressão atmosférica é menor. E se a pressão é menor, a temperatura automaticamente é menor.
Muito menor: em condições normais, sem levar em consideração as bolhas de calor que se formam nas cidades, espera-se uma queda de 6,5 ºC para cada 1 km de altitude.
A atmosfera só segue esse padrão até o topo de sua camada mais próxima da superfície, chamada de toposfera, que termina mais ou menos aos 10 km de altitude (a espessura exata varia conforme a latitude).
Na camada seguinte, a estratosfera — localizada entre 10 km e 50 km de altitude —, ocorre o oposto: a temperatura passa a subir com a altitude em vez de cair.
Isso acontece porque o oxigênio e, principalmente, o ozônio no topo da estratosfera absorvem a radiação ultravioleta emitida pelo Sol. Esse é o protetor solar do planeta, responsável por proteger a biosfera de uma incidência letal de luz.
Fonte: National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA); Center for Science Education (SCIED, UCAR).
Pergunta de @raulluchese, via Instagram.
Fonte: abril