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Os cones, as células da retina que detectam cor, vêm em três tipos, que cobrem três faixas do espectro visível: vermelho, verde e azul. Já os bastonetes enxergam em preto e branco, mas, em contrapartida, são cem vezes mais sensíveis.
Ambas as células têm proteínas chamadas retinais (quem diria) que mudam de forma quando são atingidas pela luz. Essa mudança é o gatilho das reações bioquímicas que enviam o sinal “vi alguma coisa!” para o cérebro. Algum tempo depois, as retinais dão um reset para a forma original e estão prontas para enxergar de novo.
Quando uma luz muito forte atinge os olhos, as proteínas “travam”, e você fica temporariamente cego na região da retina que a captou. Daí a mancha na visão. O nome disso é pós-imagem negativa.
E aqui entra uma sutileza. Se a luz for, por exemplo, verde, só os bastonetes verdes vão cansar – e você verá roxo, que é a mistura de azul e vermelho: os bastonetes que ainda funcionam.
Teste com a capa do Super. Observe fixamente o cabeçalho vermelho da revista por algumas dezenas de segundos, até saturar sua visão com a cor. Então, pisque rapidamente e olhe para uma parede branca, ou para uma folha de papel sulfite. Você verá uma mancha ciano, uma cor intermediária entre azul e verde, que é o oposto do vermelho.
Pergunta de @ailaraujo_, via Instagram.
Fonte: abril