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Ciência & Saúde

Outubro Rosa: não deixe de prevenir o câncer de mama

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Todos os anos, milhares de pessoas são diagnosticadas com câncer de mama no Brasil. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), a estimativa para 2022 é de 66.280 novos casos, sendo que 99% deles acometem as mulheres. Em 2020, houve 17.825 mortes pela doença no país. Os números assustam e a realidade é árdua, mas ainda assim há razões para ser otimista.

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As chances de cura para diagnósticos feitos precocemente são boas: um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Além disso, grande parte deles pode ser evitada com hábitos saudáveis, sendo que apenas 5 a 10% dos casos da doença são relacionados a fatores hereditários ou genéticos.

A prática de atividades físicas e uma alimentação balanceada, evitando o consumo de bebidas alcoólicas, são fatores determinantes para se proteger contra qualquer tipo de câncer. O excesso de peso corporal é outro fator de risco, enquanto a amamentação é considerada um fator protetor.

Felizmente, a cada ano que passa, aumentam as ações que visam a conscientização sobre esse tipo de câncer. Nos Estados Unidos, a campanha Outubro Rosa existe desde 1990 e, no Brasil, as ações começaram a ser praticadas em 2002. Essas iniciativas são importantes para alertar sobre os perigos, incentivar o autoexame e aproximar pessoas que já tiveram o problema, criando comunidades e laços com instituições que fomentam pesquisas e arrecadam doações.

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum no Brasil, atrás apenas do câncer de pele. Mais uma vez, vale lembrar que, quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de cura. Saber realizar o autoexame e estar ciente de quais ações podem diminuir os riscos de desenvolver essa doença são práticas fundamentais. E é exatamente por isso que a conscientização e a educação são tão importantes.

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10 coisas que você precisa saber sobre o câncer de mama

As pessoas têm acesso a muitas informações o tempo todo, que podem assustar sem motivo nenhum. Será que todas elas são verdadeiras? Fique atenta a mitos e verdades para tirar suas dúvidas sobre o câncer de mama:

mitos e verdades sobre o câncer de mama

Dicas de Mulher

  • Qualquer caroço no seio é sinal de câncer? Não necessariamente, ele pode ser um fibroadenoma. Para o diagnóstico correto, um médico deve ser consultado.
  • A obesidade e o excesso de gordura abdominal são fatores de risco para o câncer de mama? Sim. O excesso de tecido gorduroso aumenta o nível de estrogênio no corpo, substância responsável pela multiplicação das células na glândula mamária.
  • O câncer de mama só acomete mulheres? Não. 99% dos casos acontecem em mulheres, mas isso não significa que um homem não possa desenvolver a doença.
  • Amamentar protege as mamas do câncer? Sim. Quando a mulher amamenta, as células dão prioridade à produção de leite e se multiplicam menos.
  • Bater a mama ou sofrer algum trauma pode desenvolver um tumor? Não. O que pode acontecer é que, ao bater a mama, a mulher fique com mais sensibilidade na área e passe a dar mais atenção aos seios. Isso pode ajudar a detectar o tumor.
  • Ter a primeira menstrução muito cedo aumenta as chances de desenvolver câncer de mama? Sim. Esse tipo de câncer é mais comum entre mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos.
  • Usar desodorante ou antitranspirante pode causar câncer? Não há nenhuma comprovação científica de que isso seja verdade.
  • Terapias de reposição hormonal elevam os riscos de desenvolver tumores na mama? Sim. O tratamento aumenta significativamente a quantidade de hormônios que podem produzir células cancerígenas. A terapia deve ser acompanhada e orientada por um médico de sua confiança.
  • Pessoas jovens não precisam se preocupar com o câncer de mama? Mito. Embora seja mais comum após os 50 anos, o câncer de mama também pode acometer pessoas mais novas.
  • Ter sido mãe depois dos 30 anos é um fator de risco para o câncer de mama? Sim. Se a mulher engravida após os 30 anos, ela ficou muito tempo exposta a hormônios que, somados com a proliferação de células na glândula mamária, podem ocasionar um câncer.

Estar bem informada e ciente sobre qualquer coisa é o primeiro passo para evitar maiores preocupações, ainda mais se tratando de um assunto tão sério como o câncer de mama.

12 sinais indicativos de câncer de mama

A mamografia é, sem dúvidas, o método mais seguro para saber se há a presença de nódulos que podem ser malignos. Porém, existem alguns sinais que podem indicar se há alguma coisa errada com suas mamas. A fundação Know Your Lemons elencou os 12 sintomas comuns que se manifestam nos pacientes de câncer de mama. Confira:

12 sinais de câncer de mama

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  1. Pele grossa e presença de nódulos: se notar que sua pele está mais grossa e você consegue sentir algum nódulo na mama, fique atenta. Pode ser apenas uma característica do período menstrual ou da amamentação, mas, se eles permanecerem ou aumentarem, procure um médico.
  2. Covinhas nas mamas: “covinhas” nos seios são outro sinal a que se deve dar atenção. Elas podem aparecer durante o período menstrual ou quando você usa roupas muito apertadas. Caso elas persistam por mais tempo, pode ser um sinal de câncer de mama.
  3. Mamilos e aréolas com aspecto rugoso: a Doença de Paget é um tipo de câncer que acomete os mamilos e aréolas. Ela se caracteriza por uma crosta e um aspecto rugoso e áspero nessas regiões. Em alguns casos, também pode haver secreção com sangue. Esses sintomas podem indicar câncer de mama.
  4. Mamas vermelhas e quentes: isso é normal na amamentação, mas é preocupante em outras situações. O câncer de mama inflamatório tem essas características, pois ele dificulta o fluxo de sangue na região.
  5. Secreções: fluidos aquosos, leitosos e até mesmo com sangue são comuns quando os seios estão se desenvolvendo e principalmente no período da amamentação. Se seus seios expelirem alguma secreção e você não estiver passando por nenhuma dessas situações, fique atenta e procure um médico.
  6. Feridas na pele: nem sempre feridas são sinal de câncer de mama, mas elas sempre merecem atenção. Se elas começarem a crescer e ter mau cheiro, vá até um médico de sua confiança.
  7. Caroços elevados: alguns nódulos podem aparecer na superfície da pele e, conforme vão crescendo, ficam visíveis nas mamas. É importante lembrar que nem todo nódulo significa um tumor maligno, mas somente um médico pode dar o diagnóstico correto.
  8. Mamilo retraído: algumas pessoas já têm os mamilos para dentro por natureza. Se esse for seu caso, não há motivo para preocupações. Já se você notar que seus mamilos estão tomando esse formato, fique atenta.
  9. Veias crescentes: veias com aspecto inchado nas mamas pode ser um indicativo de tumores. Geralmente, os tumores exigem que o sangue seja bombeado para eles, o que aumenta o volume de sangue nas veias.
  10. Mudança no formato ou tamanho: qualquer mudança de formato ou tamanho nas mamas fora do período da amamentação é preocupante. Se essas mudanças persistirem também fora do período menstrual, é melhor visitar um médico.
  11. Aspecto de casca de laranja: mamas inchadas e com várias covinhas pequenas com aspecto celulítico podem ser um indicativo de câncer de mama. Como o fluxo de sangue torna-se irregular, as células da pele podem sofrer essas alterações.
  12. Nódulos: o sinal mais comum de um tumor nas mamas é o nódulo, que pode ser pequeno ou grande e aparece em mais de 90% dos casos. Ele é fixo, endurecido e geralmente indolor, mas sempre merece sua atenção. Se encontrar qualquer tipo de caroço nas mamas, procure um médico.

Vale reforçar que muitos dos sintomas podem aparecer e não estarem ligados ao câncer de mama. Procure ajuda médica em caso de recorrência de um ou mais sinais.

Como é feito o diagnóstico

Para um diagnóstico seguro, algumas etapas são necessárias para que o tratamento indicado seja o mais adequado e eficiente. Confira o passo a passo do diagnóstico:

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como é feito o diagnostico de câncer de mama

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Conforme o INCA, a mamografia diagnóstica – que avalia alterações suspeitas na mama – deve ser feita em qualquer idade, sempre que houver indicação médica. Segundo a Dra. Livia Daia, ginecologista e mastologista, o exame permite detectar possíveis lesões, como nódulos de aspectos irregulares ou microcalcificações agrupadas, que podem ser indícios de câncer de mama.

Após isso, é feita a biópsia, que consiste em retirar um pequeno pedaço da lesão para ter um diagnóstico correto. Se o resultado da biópsia for positivo para câncer, os médicos estudam o perfil do câncer para indicar o tratamento adequado, que pode ser iniciado com uma cirurgia para retirada do tumor ou com quimioterapia.

Consultar um médico logo após a constatação de qualquer irregularidade com as mamas é imprescindível. Quanto mais tardio o diagnóstico, menores são as chances de cura.

E como você pode se prevenir?

Segundo dados da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer, 30% dos casos podem ser evitados com hábitos saudáveis, como prática de atividades físicas regulares e alimentação balanceada. De acordo com o INCA, em 2020, no Brasil, 13,1% dos novos casos de câncer de mama em mulheres a partir de 30 anos estavam diretamente relacionados a fatores comportamentais, como inatividade física, consumo de bebiba alcoólica, excesso de peso e não amamentação.

Além disso, as mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame uma vez por mês fora do período menstrual. A Dra. Livia Daia explica que ele pode causar um certo desconforto e dar a falsa sensação de nódulos, mas é de extrema importância.

Além de realizar o autoexame apalpando as mamas, dê uma atenção especial aos seus seios. Qualquer alteração que seja estranha pode ser um indicativo de problemas mais graves. Olhe-se mais no espelho: conhecer seu próprio corpo é fundamental.

O autoexame é essencial, mas só detecta nódulos com pelo menos 1 centímetro, o que pode indicar um estágio mais avançado da doença. Caso o nódulo seja muito pequeno, somente a mamografia poderá identificá-lo. É comum dizerem que a mamografia dói, o que não é verdade. Ela pode causar incômodos que são necessários para cuidar da saúde das suas mamas. Pense nisso!

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Para mulheres de 50 a 69 anos, a recomendação do INCA é que seja feita uma mamografia de rastreamento a cada dois anos. Fora dessa faixa etária, provavelmente os exames de rotina não trarão benefícios e terão maiores riscos.

Isso porque, antes dos 50, o exame pode gerar muitos resultados incorretos, pelo fato de as mamas serem mais densas e terem menos gordura. Já dos 70 anos em diante, é alto o risco de que mamografia revele um câncer que não traria danos à mulher – por exemplo, um câncer de mama de crescimento lento.

Como fazer o autoexame no banho

Separe alguns minutos do banho para cuidar da saúde das suas mamas. É rápido, simples, fácil e essencial para a sua saúde.

como fazer o autoexame de câncer de mama no banho

Dicas de Mulher

Você sabe qual o seu risco de desenvolver o câncer de mama?

Embora o câncer de mama seja uma doença que pode acometer qualquer pessoa, existem alguns fatores que aumentam o risco e outros que podem auxiliar na prevenção. Confira qual é o seu risco de desenvolver câncer de mama:

quais são os fatores de risco do câncer de mama

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Câncer de mama relacionado ao trabalho

Em 2021, o INCA divulgou um infográfico que relaciona a incidência de câncer de mama com as ocupações e as atividades econômicas exercidas pelas mulheres. De acordo com o material, técnicas de radiologia, plantonistas noturnas e agricultoras são as mais afetadas pela doença.

Isso ocorre pela exposição a agentes cancerígenos como raios X e gama, óxido de etileno, agrotóxicos organoclorados e bifenila policlorada, assim como a fumaça de cigarro e o próprio trabalho noturno. Com a eliminação desses agentes dos processos de trabalho, a estimativa é de que até 5,13% dos casos de câncer de mama em mulheres poderiam ser evitados no Brasil.

A campanha do Outubro Rosa traz várias ações que auxiliam na prevenção da doença e acolhem mulheres que estão passando por esse momento ou já se curaram. Divulgar a campanha dá força ao movimento e leva conhecimentos que podem salvar vidas para cada vez mais pessoas. Para continuar se informando, veja também quando é indicado fazer mastectomia, a cirurgia de retirada da(s) mama(s).

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: dicasdemulher.com.br

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