Quando todos achavam que a situação da covid-19 no Brasil estava controlada, ou ao menos esquecida, surge uma nova subvariante que nos coloca em alerta novamente. Segundo o Ministério da Saúde, na segunda semana de novembro, foram mais de 57 mil casos confirmados da ômicron, além da descoberta de uma subvariante, a BQ.1.
Durante este mesmo período, ao menos 310 pessoas morrem pelo coronavírus. Por isso, agentes de saúde voltam a exigir o uso de máscara e reforçam a necessidade de ter um esquema de vacinação completa, com quatro doses.
Em primeiro lugar, é importante destacar o porquê de novas variantes surgirem com tanta frequência. Basicamente, o coronavírus precisa se adaptar ao meio para continuar vivo. Por isso, enquanto passa de um corpo para outro, é natural que ele precise passar por algumas modificações e evolua, gerando descentes de sua linhagem.
Desde o início da pandemia, em 2019, o mundo já conheceu a Alfta, a Delta, a ômicron e tantas outras que não ficaram tão populares.
Entretanto, desta vez, entre outubro e novembro de 2022, a mais recente é a BQ.1, que faz parte de uma sublinhagem da ômicron.
Como é descoberto uma nova variante?
A medida em que há uma crescente significativa de casos, como é o caso atual, os laboratórios fazem um sequenciamento no vírus. Ou seja, após realizar o teste PCR e este der positivo, os biomédicos fazem um estudo aprofundado para identificar como esse vírus é formado.
Caso ele não bata com nenhuma das informações presentes nos registros do laboratório, é possível que seja uma nova variante. Em seguida, portanto, eles notificam o Ministério da Saúde para que novas medidas sejam tomadas para combatê-lo.
Onde a BQ.1 já foi encontrada?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz um monitoramento real das novas subvariantes e casos ao redor do globo. De acordo com a última divulgação, a cepa já foi encontrada em 65 países, sendo que o Brasil representa 9% da parcela total de casos.
A vacina funciona contra a nova variante?
Uma pergunta recorrente feita nos últimos dias é sobre a eficácia das vacinas contra a nova onda do covid-19. Até o momento, o Ministério da Saúde já distribuiu a vacinação completa até a quarta dose para os brasileiros.
Por outro lado, quase que simultaneamente ao detectar a nova subvariante da doença, cientistas já passaram a realizar testes para avaliar se a vacina é eficaz contra ela. Sendo assim, resultados preliminares apontam que estar vacinado diminui as chances de complicação causada pela subvariante do covid-19.
Entretanto, embora a proteção da vacina seja levemente menor diante da subvariante, de acordo com a OMS, não existe um impacto relevante em relação aos casos graves da doença.
Como resultado, ter o esquema de vacinação completo não quer dizer que o indivíduo está imune da doença, ou seja, que nunca mais irá pegá-la mas que o sintomas serão leves.
Desta forma, o Ministério da Saúde volta a pedir que a população use máscara para evitar a proliferação da BQ.1.
Casos de covid-19 no Brasil
Até o dia 10 de novembro, de acordo com o Boletim InfoGripe Friocruz, cinco estados brasileiros já notificaram sobre casos da subvariante, são eles:
- Amazonas
- Espírito Santo
- Rio Grande do Sul
- Rio de Janeiro
- São Paulo
Embora tenha tido um aumento significativo de internações causadas pela covid-19 no Brasil, ainda não foi comprovado de que a BQ.1 seja mais grave do que as outras variantes.
Além disso, segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o número de casos positivos no país passou de 3,7% para 23,1%, quando comparado a primeira semana de outubro e a de novembro.
Número de mortes causadas pela BQ.1
Até o momento, há o registro de uma paciente que estava contaminada com a nova subvariante e morreu. Trata-se de uma mulher de 72 anos, moradora de São Paulo.
Profissionais da área da saúde que seguem na linha de frente no combate à doença, têm apontado que os sintomas da nova onda de covid-19 são leves. Portanto, são facilmente confundidos com gripes comuns e resfriados.
Desta forma, é importante realizar o teste para checar, de fato, qual a origem do mal-estar. No geral, os principais sintomas da doença são:
Vale ressaltar que nem todo mundo apresenta todos os sintomas.
Como não pegar covid-19?
Em conclusão, com a chegada da nova onda, especialmente próxima as festas de final de ano, é indispensável um cuidado redobrado para não pegá-la ou transmiti-la.
Sendo assim, nesta segunda-feira, 14, o Comitê Extraordinário de Monitoramento da Associação Médica Brasileira (AMB) elaborou uma lista de medidas que nos ajuda a não pegar o coronavírus e suas subvariantes. São elas:
Por fim, evitar ambientes lotados e locais fechados também são estratégias que podem contribuir nessa prevenção.
Fonte: fashionbubbles