Sophia @princesinhamt
Ciência & Saúde

Inteligência Artificial identifica tumores cerebrais em cirurgias em apenas 10 segundos

2024 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá
Em 10 segundos, IA detecta tumores cerebrais perdidos durante cirurgia
Em 10 segundos, a IA criada pelos pesquisadores conseguiu identificar tumores residuais nos cérebros dos pacientes, que podem não ser vistos pelos médicos durante uma cirurgia. - Foto: Chris Hedly
Em 10 segundos, a IA criada pelos pesquisadores conseguiu identificar tumores residuais nos cérebros dos pacientes, que podem não ser vistos pelos médicos durante uma cirurgia. – Foto: Chris Hedly

Em um avanço tecnológico incrível, cientistas desenvolveram uma inteligência artificial (IA) que detecta tumores cerebrais residuais perdidos durante uma cirurgia em apenas 10 segundos e com taxa de acerto de 92%.

Chamada de FastGlioma, a tecnologia foi pensada por pesquisadores das Universidades de Michigan e Califórnia, nos Estados Unidos. Durante cirurgias, um problema comum que a equipe médica tem é distinguir o tecido saudável e o tecido tumoral, uma vez que eles se parecem.

“Este modelo é um afastamento inovador das técnicas cirúrgicas existentes ao identificar rapidamente a infiltração tumoral em resolução microscópica usando IA, reduzindo significativamente o risco de não encontrar tumor residual na área onde um glioma é ressecado”, contou Shawn Hevery-Jumper, professor de neurocirurgia na Universidade da Califórnia.

Como funciona

A tecnologia, que pode salvar vidas, combina imagens ópticas microscópicas com IA para identificar o que resta de um tumor cerebral após o procedimento.

“O sistema baseado em IA tem o potencial de mudar o campo da neurocirurgia ao melhorar imediatamente o gerenciamento de pacientes com gliomas difusos”, disse Todd Hollon, neurocirurgião em Michigan.

O FastGlioma usa uma técnica chamada histologia Raman. Com isso, é possível gerar imagens em alta resolução do tecido cerebral, incluindo os tumores.

Leia mais notícia boa

Impacto para pacientes

Para os pacientes, o avanço traz grandes benefícios.

A remoção completa do tumor cerebral é crucial para evitar casos reincidentes e garantir que os doentes tenham uma vida mais longa e com mais qualidade.

“Esses resultados demonstram a vantagem de modelos de base visual como o FastGlioma para aplicações médicas de IA e o potencial de generalização para outros cânceres humanos sem exigir um extenso treinamento ou ajuste fino do modelo”, destaca Aditya S. Pandey, presidente do Departamento de Neurocirurgia de Michigan.

Precisão incrível

A IA foi treinada com mais de 11 mil exemplos de tecidos removidos e 4 milhões de imagens, tornando-se altamente capaz de distinguir entre o tecido saudável e o tumoral.

Combinando IA e a geração de imagens, os cirurgiões identificam o tumor na hora da cirurgia com mais precisão e rapidez.

“O FastGlioma pode detectar tecido tumoral residual sem depender de procedimentos histológicos demorados e grandes conjuntos de dados rotulados em IA médica, que são escassos”, explica Honglak Lee, professor de ciência da computação e engenharia na Universidade de Michigan.

Diferentemente de métodos tradicionais, como exames de ressonância e uso de agentes fluorescentes, o FastGlioma oferece o resultado em segundos.

Em testes, a precisão média foi de 92%. A taxa de acertar é superior às outras técnicas, que falham em detectar tumores residuais em até 25% dos casos.

O futuro da pesquisa já está bem decidido. A ideia agora é aumentar a aplicação do fluxo de trabalho da tecnologia a outros tipos de câncer como o de pulmão, próstata, mama, cabeça e pescoço.

O modelo de IA que detecta tumores durante cirurgia foi treinado com mais de 11 espécimes de tumor. – Foto: Roman Zaiets/Shutterstock

Fonte: sonoticiaboa

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.