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Ciência & Saúde

Fimose feminina existe e atinge principalmente meninas na primeira infância

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É comum relacionarem a fimose exclusivamente ao sexo masculino. No entanto, meninas (principalmente na primeira infância) também apresentam essa condição. A ginecologista Dra. Mariana Viza (CRM 167733) fala sobre o assunto, explica o que é fimose feminina, como identificar e quando a cirurgia é necessária. Acompanhe!

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O que é a fimose feminina

Segundo a ginecologista, cerca de 3% das meninas apresentam a fimose feminina. Essa condição é caracterizada “por uma aderência entre os pequenos lábios da vagina, que fica com a entrada obstruída e pode permanecer assim até a puberdade”. No entanto, ela é mais comum em meninas com até 2 anos.

A principal causa da fimose feminina está associada à baixa concentração de hormônios femininos típicos na infância. Contudo, a especialista informa que a aderência dos pequenos lábios pode ter outras causas: baixa higiene na região, trauma local ou infecções genitais (candidíase ou herpes simples), além de algumas condições de pele, como o líquen escleroso (placas esbranquiçadas na região da vulva)”.

Como identificar a fimose feminina

A Dra. Mariana Viza explica que os sintomas dependerão do grau de aderência entre os pequenos lábios. “Se for apenas uma pequena área aderida, possivelmente não haverá sintomas. Nesse caso, o diagnóstico é feito por meio de um exame ginecológico”. Quando há uma aderência maior, pode haver:

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Dicas de Mulher

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  • Dificuldades ao urinar.
  • Dor na região da vagina.
  • Corrimento vaginal.
  • Infecção urinária ou vaginal recorrente.

Os pais precisam ficar atentos: se houver gotejamento de urina, mesmo após micção, e a presença de corrimentos anormais, é importante consultar um especialista. No próximo tópico, entenda como é feito o tratamento.

Tratamento para a fimose feminina

Segundo Viza, se a criança não apresentar sintomas, o tratamento não precisa ser imediato. “A fimose feminina tende a se resolver na adolescência com o aumento dos hormônios femininos”. A profissional comenta que as aderências remanescentes na vida adulta podem gerar infecções urinárias de repetição e até mesmo dor ou dificuldade na relação sexual” (dispareunia).

Caso a fimose feminina não regrida com o passar do tempo, a intervenção medicamentosa será necessária. Segundo a ginecologista, “em geral, o tratamento é feito com cremes hormonais ou de corticoide na região vaginal entre 2-4 semanas para ajudar a separar os pequenos lábios”.

A cirurgia só é indicada em último caso: “quando existe uma aderência severa e falha no tratamento com cremes e pomadas contendo corticoides e hormônios.” Entretanto, deve-se seguir “com a aplicação tópica por pelo menos 6-8 semanas antes da indicação cirúrgica”.

Cuidados com a recuperação

Alguns cuidados diários ajudam na recuperação da fimose feminina. Abaixo, a ginecologista elencou os principais:

  • Mantenha a vulva limpa, seca e aerada.
  • Evite roupas apertadas e prefira tecidos de algodão.
  • Faça banhos mornos de assento diários.
  • Evite banhos com produtos perfumados.
  • Seque a região vulvar com um secador não muito quente.
  • Auxilie a criança no toilete para evitar que ela se limpe de trás para frente.

Como informado pela ginecologista, normalmente, a fimose feminina não apresenta sintomas e regride com o tempo. Mas se notar alguma anormalidade, é importante ser avaliada por uma profissional. Além disso, é essencial iniciar os cuidados com a saúde íntima antes mesmo da primeira relação sexual. Nesse caso, a vacina HPV pode ser aplicada a partir dos 9 anos para prevenir doenças, inclusive, o câncer do colo do útero.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: dicasdemulher.com.br

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