As árvores, criadas pela empresa americana Living Carbon, são álamos (uma espécie alta, de até 30 metros, típica da Europa) que receberam um gene da alga C. reinhardtii – e, graças a isso, supostamente têm maior capacidade de fazer fotossíntese (1).
O truque está numa enzima chamada RuBisCo (ribulose-1,5-bisfosfato carboxilase oxigenase), que as plantas usam para capturar o CO2 do ar, produzir glicose e liberar oxigênio. Normalmente, a RuBisCo erra bastante: em 20% das vezes, ela pega uma molécula de oxigênio do ar, e não de CO2.
Quando isso acontece, a planta executa um processo chamado fotorrespiração, que é bem menos eficiente. As árvores da Living Carbon, que foram plantadas no estado americano da Geórgia, não têm esse problema – e, por isso, crescem 50% mais rápido.
Elas causaram preocupação entre ambientalistas, que temem a propagação descontrolada da planta transgênica. A empresa diz que suas árvores são fêmeas e não produzem pólen, e por isso se reproduzem pouco.
Fonte 1. Enhanced photosynthetic efficiency for increased carbon assimilation and woody biomass production in hybrid poplar INRA 717-1B4. Y Tao e outros, 2022. Plantio em área florestal realizado em fevereiro de 2023
Fonte: abril