Você já observou seu gatinho surtar porque você amassou um pedaço de papel-alumínio? Ou talvez tenha visto um dos inumeráveis vídeos virais em que felinos pulam para trás desesperados quando pisam acidentalmente no material?
Esse comportamento é bem comum entre os gatos, e tem a ver com os estímulos sensoriais inusitados que o papel-alumínio produz. Como esses mecanismos funcionam? E como utilizar isso a seu favor?
-
Ruído
O papel-alumínio, quando amassado ou em atrito, produz um ruído muito agudo que incomoda os gatos. O som é tão agudo que é ultrassônico: ou seja, está além da capacidade de detecção do ouvido humano. O som estranho e desconhecido é um fator de estresse, que engatilha o impulso de fuga dos gatos.
-
Textura
Pense bem: o papel-alumínio é extremamente liso, mas suas bordas são ásperas e até afiadas. Mesmo quando amassado, ainda tem uma textura única que causa bastante estranhamento aos bichanos – afinal, não há nada parecido na natureza. Além disso, a textura lisa dificulta a tração dos bichanos, que podem derrapar.
-
A reflexão do alumínio parece água
A aparência brilhante e reflexiva do material desconhecido pode remeter à água. Se um gato nunca teve contato com papel-alumínio, pode achar que se trata de uma poça e fugir, já que gatos costumam evitar se molhar. Mesmo que não fique claro se eles realmente acreditam que é água, o fato de ser algo desconhecido pode reforçar o comportamento cauteloso.
Sabendo disso, muitas pessoas aplicam papel-alumínio às superfícies em que desejam que seus gatos mantenham distância, como balcões de cozinha, fogões e sofás. Entretanto, a solução pode não ser definitiva: muitos gatos se acostumam com o material após um tempo.
A exposição repetida ao papel-alumínio faz os gatos perceberem que ele não é uma ameaça nem líquido, reduzindo o incômodo inicial. Muitos passam a atravessar superfícies cobertas com confiança. Existem também gatos que nunca reagem ao papel-alumínio, e outros que até se divertem brincando com ele.
Fonte: abril