Tal como a ficção científica dos século passado previu, robôs já estão entre nós – são usados nas mesas de cirurgia, no piloto automático de carros e até como pets. E, agora, um novo robô quadrúpede pode até ser bizarro, mas foi feito para salvar vidas.
O robô tem um design peculiar, fabricado como um animal de quatro patas só que com rodas no lugar das mãos e pés. São poucas as coisas que o Lynx não faz: ele escala, dá mortal e consegue andar – e até correr em alta velocidade – por superfícies irregulares, como trilhas no meio do mato. Seu nome foi escolhido pela companhia chinesa DEEP Robotics, que criou o modelo.
Assista ao vídeo de divulgação que mostra seus feitos:
De acordo com a companhia, o Lynx foi feito para realizar tarefas na área da construção e resgate de emergência. As funções são muitas, e o robô pode ser usado sob “dois pés” ou quatro. O modelo alcança velocidade de 18 km/h e salta até 22 centímetros, e conta com uma câmera na sua “cabeça”, para reproduzir vídeos ao vivo para quem foi responsável por operá-lo. Isso pode ajudar em como uma busca por vítimas de deslizamentos em um ambiente de difícil acesso, por exemplo.
Sua bateria dura por três horas em movimento, mas ela pode ser trocada manualmente enquanto está em uso. No vídeo publicado, o robô consegue subir uma parede rochosa de 80 centímetros e desce uma encosta coberta por pedras e árvores, graças aos pneus off-road, adaptados para caminhos acidentados.
E, claro, na era da Inteligência Artificial, esse robô não ficaria por fora da tendência. Chamado de “DEEP Robotics AI+”, esse sistema tem a função de treinar a máquina – para que, quando o robô enfrentar um obstáculo como uma parede, o movimento fique registrado para que possa ser reproduzido em desafios futuros.
Apesar de todos os luxos, a máquina só consegue aguentar no máximo um spray de água. O que significa que, em dias de chuva, não dá para contar com o uso dela.
Esse não é o primeiro robô desenvolvido pela empresa: outros modelos foram explorados para o uso de inspeção de locais, levantamento de itens, mapeamento de região, usos na segurança etc. Alguns dos protótipos anteriores eram equipados com um sensor de mapeamento Lidar 3D, destinados apenas a fins de pesquisa (como, por exemplo, para a arqueologia).
Para projetos futuros, a DEEP Robotics planeja criar robôs para os setores de energia, mineração e resgate de emergência, entre outros. Outro plano é desenvolver robôs humanoides alimentados por IA que possam aprender sozinho.
Fonte: abril