As memórias são relações semipermanentes de afinidade entre os neurônios. Quando o seu cérebro grava uma memória, cria um vínculo entre determinado grupo de neurônios – aí mais tarde, quando você se lembra daquilo, eles são acionados.
Mas esse processo, que ainda não é plenamente compreendido, pode envolver outros fatores. Cientistas do Albert Einstein College of Medicine, nos EUA, publicaram um estudo (1) mostrando que, quando uma memória se forma, os neurônios envolvidos recebem uma corrente elétrica mais forte que a normal – e ela pode ser tão intensa que chega a danificar fisicamente o DNA deles.
Assim que isso acontece, o cérebro inicia um processo para consertar o estrago. Segundo os autores, falhas nesse mecanismo de reparação podem estar ligados a doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.
Fonte 1. “Formation of memory assemblies through the DNA-sensing TLR9 pathway”. J Radulovic e outros, 2024.
Fonte: abril