Vamos, primeiro, ao funcionamento dos antitranspirantes. Eles inibem a transpiração bloqueando as glândulas sudoríparas, presentes na pele e responsáveis pela produção de suor, com sais de alumínio. A reação química que eles promovem fornece um bloqueio superficial e, você sabe, temporário. Os sais também combatem as que devoram proteínas e gorduras do nosso suor – liberando, em troca, substâncias fedidas.
Pois é, os antitranspirantes são dois em um: reduzem o suor e o cecê. (Perceba que há diferença para os desodorantes, que não inibem o suor; só reduzem o mau cheiro, disfarçando-o com fragrâncias agradáveis ou atuando sobre as bactérias.)
Dito isso, vamos à duração deles. As marcas precisam informar ao consumidor por quanto tempo os antitranspirantes cumprem sua missão após serem aplicados. Para isso, após comprovarem a segurança dos produtos, fazem testes com voluntários. A ideia é comparar quanto suor uma pessoa libera usando ou não o antitranspirante em determinado período de tempo.
A Nivea, por exemplo, faz assim: seus voluntários vestem camisetas de um tecido que absorve o suor liberado. Os indivíduos seguem suas rotinas normalmente: primeiro sem usar o antitranspirante da marca; depois, aplicando o produto e usando outra camiseta. Aí o pessoal da empresa pesa as duas para verificar o quão ensopada está cada uma: é a chave para comparar quanto suor o voluntário liberou em cada ocasião. Desta forma, os testes determinam se o produto é capaz de reduzir a transpiração dos usuários por 48 ou 72 horas.
Fonte: Leonardo Adami, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Nivea.
Fonte: abril