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Ciência & Saúde

Com problemas de bugs, saiba por que ‘Microsoft Flight Simulator 2024’ ainda vale a pena

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Em 2020, a Microsoft finalmente retomou o seu simulador de voo, que estava há 14 anos sem ganhar uma nova versão. E fez isso em grande estilo: Microsoft Flight Simulator trouxe uma tecnologia revolucionária, combinando 2 petabytes de imagens de satélite e um algoritmo de IA que transforma essas fotos em cenários 3D, para reproduzir 100% do planeta Terra.

Agora, quatro anos depois, ele está ganhando uma continuação, Microsoft Flight Simulator 2024, lançado na semana passada para Xbox Series X/S e PC. MSFS 2024 mantém as características e o conteúdo do antecessor, mas tem novidades interessantes. A principal é o modo Carreira, em que você assume o papel de um jovem piloto. 

Começa fazendo lições de voo, passa por provas para obter licenças, e aí escolhe em qual ramo da aviação irá trabalhar – são vários, que vão desde a pilotagem de aeronaves privadas e comerciais até coisas mais específicas, como missões de resgate, transporte de carga, aviação agrícola e até operações em plataformas de petróleo. O modo Carreira estabelece objetivos e recompensas, adicionando uma bem-vinda estrutura ao simulador.

Os gráficos são impressionantes, beiram o fotorrealismo. Isso é possível porque, enquanto você está voando, o seu Xbox ou PC vai baixando dos servidores da Microsoft, em tempo real, as imagens 3D da área que você está sobrevoando. MSFS 2024 é um simulador online, que depende da internet. 

Captura de tela do jogo
(Microsoft/Reprodução)

Segundo a Microsoft, as texturas de imagem do terreno têm aproximadamente 4.000 vezes mais resolução do que no Flight Simulator anterior. Mas, na prática, isso tem causado problemas: ao longo da semana passada, muitos usuários relataram lentidão e dificuldade para carregar o jogo, bem como bugs diversos. Eu também me deparei com isso.   

Ao testar o simulador no Xbox Series X, logo após o lançamento, enfrentei tempos de carregamento muito longos (3 a 4 minutos para iniciar cada voo, com o jogo às vezes exibindo uma tela preta durante esse tempo), travamentos antes da decolagem (obrigando a reiniciar o game), gráficos incompletos (às vezes o painel da aeronave não aparecia) ou muito lentos (os cenários apareciam em resolução bem baixa, e iam melhorando devagar). 

Captura de tela do jogo
(Microsoft/Reprodução)

A Microsoft e o estúdio francês Asobo, que desenvolveu o game, admitiram publicamente os problemas, e dizem que estão tomando medidas para corrigi-los. Melhorou, mas ainda não resolveu: em testes realizados na tarde de ontem (24), MSFS 2024 ainda apresentou todos os bugs citados acima. 

A diferença é que, agora, eles são intermitentes: às vezes os voos carregam depressa e perfeitamente, em outras não. Isso mostra que as falhas têm uma causa clara (sobrecarga nos servidores da Microsoft), e elas podem ser resolvidas logo. 

Tomara que sim, pois MSFS 2024 é ótimo: além do modo Carreira e do voo livre (você pode selecionar qualquer aeroporto e avião), também tem desafios específicos e competições semanais online. Tudo baseado em sua excelente coleção de aeronaves, que vai do tradicional (como o Boeing 747-8) ao radical (como o monumental cargueiro Airbus Beluga XL), passando por aeronaves exóticas, como os VTOLs (aviões de decolagem e pouso vertical) elétricos Archer Midnight e Joby S4.  

Captura de tela do jogo
(Microsoft/Reprodução)

Assim como o antecessor, MSFS 2024 agrada tanto a pilotos experientes quanto a iniciantes: reproduz minuciosamente os controles e o comportamento dos aviões, mas também tem assistências opcionais, que ajudam bastante. 

Seja qual for o seu nível de interesse por simuladores de voo, vale a pena conferir MSFS 2024 – inclusive porque, como está disponível no serviço Game Pass, da Microsoft, ele também pode ser jogado via nuvem (de qualquer computador ou smart TV compatível, sem precisar de um Xbox ou PC com placa de vídeo potente). 

Microsoft Flight Simulator 2024 está disponível gratuitamente para os assinantes do serviço Game Pass. Também é vendido avulso, por R$ 299.

Fonte: abril

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