Cada célula do seu corpo contém aproximadamente dois metros de DNA: são duas longas fileiras de nucleotídeos (as “letras genéticas”). Elas são chamadas de “hélices” porque juntas desenham um formato espiral, que lembra uma hélice.
As duas ficam enroladas, ocupando pouquíssimo espaço, e são complementares – uma serve como backup natural da outra. Mas o organismo também tem outro tipo de fita: o DNA de hélice tripla.
Ele surge quando pequenas cadeias de nucleotídeos se acoplam ao DNA normal, que naquele trecho passa a ter três fileiras – e não apenas duas. A ação do DNA triplo ainda não é plenamente compreendida, mas ele parece controlar a atividade de certos genes.
A novidade é que, agora, a ciência também é capaz de gerá-lo artificialmente: pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, anunciaram a criação de um método para fazer isso(1).
A técnica foi batizada de triplex origami, e consiste em dobrar pedaços de DNA para gerar hélices com três fitas. Os cientistas conseguiram gerar segmentos de DNA triplo com até 9.000 “letras”. Segundo eles, a técnica poderá ajudar na criação de tratamentos contra doenças genéticas.
Fonte 1. Folding Double-Stranded DNA into Designed Shapes with Triplex-Forming Oligonucleotides. K Gothelf e outros, 2023.
Fonte: abril