Sophia @princesinhamt
Ciência & Saúde

Alimentação de adolescentes no Brasil: Ultraprocessados representam 28% da dieta!

2024 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Um estudo conduzido por da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) identificou que os ultraprocessados representam 28% da alimentação do dia a dia dos adolescentes brasileiros. A pesquisa, publicada no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, acompanhou quase 72 mil alunos de escolas públicas e particulares de 124 cidades brasileiras. As informações são da Agência .

Siga o Sempre Dia de Ajudar no Instagram!

Caracterizados por boa dose de aditivos como corantes, conservantes e flavorizantes, os ultraprocessados aparecem no cotidiano dos adolescentes como bolachas, salgadinhos, refrigerantes, sucos de caixinha, chocolates, balas, entre muitos outros. Sabe-se que o consumo desses alimentos está relacionado a obesidade e risco metabólico, problemas cardiovasculares, diabetes e até alguns tumores.

“Esse excesso parece estar atrelado a vários fatores, como o padrão alimentar da família e a exposição a telas”, conta Larissa Loures Mendes, professora da UFMG e uma das líderes do estudo. “Isso quer dizer que, para mudar esse cenário, precisamos fazer intervenções multicomportamentais no como um todo”.

Nos Estados Unidos, esse número é ainda maior: os ultraprocessados são a base da alimentação de crianças e adolescentes, respondendo por dois terços da sua ingestão –dados revelados num estudo que acompanhou quase 34 mil pessoas por quase 20 anos, entre 1999 e 2018.

Hábitos diferentes

“Essa tendência é clara pela praticidade e pelo status dos ultraprocessados, pois eles são fáceis de comprar e de consumir”, comenta Serena del Favero, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein. “Os têm certa , por exemplo, de levar marmitas fora de casa e acabam preferindo comprar salgadinhos na cantina da . Mas sabemos que durante a pandemia ficaram mais em casa, cozinharam mais, tiveram mais acesso a alimentos saudáveis”.

Segundo as especialistas, a maior parte de nossa dieta deveria se basear nos alimentos in natura, ou seja, aqueles de origem vegetal ou animal praticamente sem alteração, como frutas, verduras, ovos, carnes e tubérculos. Os chamados processados, que recebem basicamente sal, açúcar, óleo ou vinagre, como as conservas, laticínios e pães, deveriam vir em segundo lugar. Já os ultraprocessados vão bem para o fim da fila.

“Na verdade, deveríamos consumir o mínimo possível de ultraprocessados, ou quase nada”, diz Serena. “Mas ninguém precisa riscar esses alimentos 100% do cardápio. O importante é manter uma rotina de hábitos saudáveis. Se eles forem exceção, não há problema em consumir de vez em quando”.

Fonte: semprefamilia.com.br

Sobre o autor

Avatar de Fábio Neves

Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo