Dentro de sua onda de eletrificação, a Yamaha acaba de apresentar a Booster na Europa. O modelo é pouco usual no que vemos no portfólio das fabricantes de motos, isso porque utiliza pedais, lembrando a clássica Mobylette da Caloi. Com duas versões de velocidades finais diferentes, o veículo acaba gerando uma certa confusão a qual categoria pertence.
Como essa classificação também pode variar de país para país, ainda não sabemos exatamente como a Booster seria catalogada no Brasil, porém, também não há expectativa de ver o modelo por aqui em um futuro tão próximo. Saiba detalhes em vídeo:
Bike elétrica ou cinquentinha?
A verdade é que a Booster é uma bicicleta elétrica e um ciclomotor, conhecidas como “cinquentinhas” no mercado brasileiro, mas logicamente com motor eletrificado, e não a gasolina. Sua variante mais básica, a Booster Easy pode chegar somente a 25 km/h, o que a encaixa na categoria de bicicletas elétricas com assistência de motor elétrico.
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O modelo é uma “pedalec”, ou seja, a energia elétrica entra como assistência a medida que o usuário pedala, deixando as pedaladas mais levinha e facilitando alcançar velocidade. Desse modo, a Booster Easy pode ter acesso a ciclovias, não necessita de uso de capacete ou habilitação para conduzir.
Para a Booster, a versão top de linha, a situação é diferente. Com velocidade máxima de 45 km/h, o modelo pode ser considerado um ciclomotor, necessitando assim de capacete, habilitação e não podendo circular em ciclovias, precisando cumprir os requositos de outras motos.
Segmento em expansão
Outra a apostar neste segmento, mas na China, é a Honda com a MS01, também auxiliada por pedais, além de Cub, Dax e Zoomer, inspiradas em clássicas da marca. No Brasil, a Shineray oferece a sua E-Bike para rivalizar com a nova Mobylette da Caloi.
Diferenças entre Booster e Booster Easy
Utilizando a mesma base, as diferenças entre Booster e Booster Easy estão focadas principalmente em sua velocidade final para poder atender diferentes legislações.
Booster Easy: atinge o máximo de 25 km/h com a assistência dos pedais e motor elétrico. São cinco modos de potência: +ECO, ECO, STD, HIGH e AUTO. De acordo com a empresa, no modo ECO+ é possível autonomia de até 120 km, enquanto no HIGH, mais esportivo, esta margem cai para 60 km. Também é possível selecionar o modo ZERO, indicado para pedaladas mais rápidas em descidas.
Booster: com velocidade máxima de 45 km/h, a Booster já é classificada como um “moped” na Europa, similar aos ciclomotores no Brasil, sendo necessário uma licença especial para condução dependendo da localidade. Os modos de pilotagem também são +ECO, ECO, STD, HIGH e AUTO, enquanto seu alcance vai a 110 km (modo +ECO) e a até 50 km (modo HIGH).
Rodas raiadas e pneus largos
A Yamaha buscou inspiração nas cinquentinhas dos anos 80 e 90 com os pneus “fat tyre”, por isso mesmo, a Booster está equipada com pneus largos em suas rodas raiadas de 20 polegadas. Na dianteira, o modelo conta com garfo de suspensão e para-lamas, enquanto na traseira possui um bagageiro.
Sua lanterna traseira é de LED, enquanto o assento, bem ao estilo bicicleta, é ajustável. Os modelos Booster estão equipados com motor PWSeries S2, de somente 2,85 kg, que rende 7,64 kgfm de torque. Sua bateria de 630Wh e 36V pode ser removida para um recarregamento remoto. No caso do painel, a Booster está equipada com tela TFT de 2,8 polegadas, enquanto a Booster Easy conta com painel LCD de 1,7 polegadas.
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Fonte: motoo