O IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) foi selecionado pelo MME (Ministério de Minas e Energia) para começar os estudos de viabilidade técnica para aumentar para 30% a proporção de etanol na gasolina comercializada no Brasil. A iniciativa integra o programa Combustível do Futuro.
Os testes vão até fevereiro e consideram aspectos como emissões de gases poluentes e impactos técnicos em veículos de diferentes anos e tecnologias. O objetivo do processo é garantir que a mudança na composição da gasolina não afete a funcionalidade e a dirigibilidade dos automóveis.
Segundo o Instituto Mauá, os resultados preliminares serão entregues ao MME ainda no primeiro trimestre de 2025 para subsidiar a próxima etapa: o estudo de impacto regulatório.
Receba notícias quentes sobre carros em seu WhatsApp! Clique no link e siga o Canal do AUTOO.
Gasolina com etanol afeta o carro?
O aumento da composição do etanol na gasolina não deve afetar carros flex, afinal, já estão preparados para isso. O efeito prático será o aumento do consumo quando abastecido com gasolina, já que o etanol tem menor poder de queima e estará em maior quantidade.
Os carros movidos somente a gasolina com injeção eletrônica, podem apresentar falhas e, com o tempo, problemas de corrosão interna por causa da presença de água na composição do combustível verde.
E os antigos carburados?
Veículos antigos com carburador serão os mais afetados. O aumento da quantidade de etanol pode afetar componentes do sistema de combustível, como vedações, mangueiras e outros materiais que podem não ser compatíveis com o etanol, resultando em desgaste acelerado ou vazamentos.
O etanol tem uma maior capacidade de absorver água, o que pode afetar a mistura de combustível no carburador. Além disso, o etanol tem um poder calorífico menor do que a gasolina, o que pode afetar o desempenho do motor.
Para funcionar, o carburador precisa estar bem ajustado para proporcionar a mistura correta de ar e combustível. Com mais etanol, a quantidade de combustível necessária para a mistura ideal muda, e o carburador pode precisar ser ajustado para garantir um bom desempenho e evitar falhas de ignição, perda de potência e aumento do consumo.
Vale lembrar que o etanol é mais corrosivo do que a gasolina, e isso pode afetar partes do sistema de combustível, como tanques, linhas de combustível e o próprio carburador, especialmente se o veículo não for utilizado com frequência ou se houver acúmulo de etanol por longos períodos.
Fonte: autoo