A cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, foi escolhida para receber, neste mês de outubro, o projeto piloto da plataforma de mobilidade urbana Gostei. A startup brasileira nasce a partir de um investimento de mais de R$ 2,5 milhões em desenvolvimento, testes e integração com meios de pagamento e bancos digitais.
O novo app pretende disputar espaço, no mercado de serviços de carro por aplicativo, com empresas internacionais como Uber e 99, mas com um modelo de negócios diferente: “[Temos] o objetivo de revolucionar o mercado com um modelo de negócios baseado na valorização do motorista parceiro”, declara a Gostei.
Saiba mais sobre o novo serviço de carros por aplicativo
O CEO da Gostei, Antonio Vieira, explica a proposta:
“Entendendo a cultura e necessidades locais, criamos uma empresa de mobilidade urbana diferente desde o momento zero, visando transformar esse ecossistema de serviços. Por isso, vamos trabalhar com foco no tripé: segurança, transparência e maior rentabilidade para o motorista.”
Ao longo dos 20 meses de desenvolvimento da plataforma, a Gostei se preocupou em ouvir e mapear os principais desafios dos motoristas, identificando que segurança é o mais importante deles. Por isso, a empresa investiu em tecnologias, entre elas, inteligência artificial, para identificação dos passageiros, garantindo a integridade dos motoristas e, também, do usuário.
Outras funcionalidades do aplicativo, no mesmo sentido, são a opção de solicitar um carro dirigido por uma mulher para as passageiras e suas famílias e a implantação de botões de emergência para pedir ajuda à polícia ou ambulância.
“Transparência vem em segundo lugar no ranking de dores desse público. Por isso, a Gostei garante que o motorista terá todas as informações necessárias sobre aquela corrida (destino e valor que receberá) antes mesmo de decidir aceitá-la”, afirma a empresa.
A Gostei deixa explícita a preocupação com a rentabilidade do motorista parceiro: mesmo praticando valores de mercado por corrida, estabeleceu que o desconto para o motorista será fixo, de apenas 25%, não tendo alteração de acordo com a rota ou horário do dia.
Além disso, destaca a empresa, o motorista parceiro do aplicativo não precisa se preocupar em ter fluxo de caixa para sustentar alguns dias de trabalho antes de receber, pois a cada final de corrida ele receberá o valor em sua conta digital – conta essa que o motorista recebe assim que a parceria é firmada, vinculada a um cartão de crédito de bandeira Visa e com inúmeros serviços financeiros.
“Acreditamos que um motorista valorizado trabalha melhor e entrega um serviço com mais qualidade. O usuário se beneficia deste bom atendimento e, também, opta por utilizar a plataforma, já que compartilha dos mesmos valores, criando um círculo virtuoso”, reforça Vieira.
A Gostei quer contribuir para a empregabilidade dos motoristas parceiros e vai promover o acesso dessas pessoas à educação profissionalizante. Esse programa será implementado na próxima fase do projeto em Jundiaí, prevista para início de 2023.
Gostei planeja levar serviço de carros por aplicativo a todo o País em até cinco anos
Jundiaí foi escolhida por ser um município com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 0,822 segundo o IBGE, numa escala de 0 a 1–. E também por ter um alto percentual da população usuária de smartphones e internet móvel.
Além disso, está localizada próxima à capital paulista, tem um público misto de passageiros individuais e empresariais e é uma cidade com ordenamento urbano e uma legislação sólida para o setor de mobilidade urbana por serviços de aplicativos.
“Iniciaremos a operação em Jundiaí com 120 motoristas parceiros cadastrados e aptos a atender os usuários – a fase de testes deve durar em torno de seis meses. Quando tivermos atingido um alto índice de satisfação vamos expandir para outras localidades”, afirma Antônio Vieira.
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Os planos são de que a Gostei deixe de ser um serviço de carros por aplicativo local e se espalhe por todo o território brasileiro em até cinco anos.
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