As reclamações de clientes de serviços de transporte por aplicativo, como a Uber, aumentaram por uma série de fatores. Os valores extras que estariam sendo cobrados por motoristas estão entre as queixas mais recentes. Relatos vindos de várias partes do Brasil já foram feitos, segundo rádio. Motoristas falam em prejuízos. Saiba mais!
Motoristas de transportes por aplicativo, como Uber, estão cobrando a mais pelas passagens? Entenda essa história!
Conforme você acompanhou aqui no Garagem360, várias reclamações foram feitas por clientes nos últimos meses. Estes passaram a falar tanto do aumento das tarifas quanto da demorar para conseguir uma corrida. Agora, segundo a Rádio CBN, clientes relatam que os motoristas estariam cobrando valores extras antes de realizar viagens.
Nos casos citados, a negociação foi feita pelo celular. De acordo com a rádio, eventos assim já aconteceram nos estados do Ceará, do Distrito Federal, de Minas Gerais, do Piauí, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
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Os valores que os passageiros tiveram que pagar chegam a ser três vezes maior que o valor original da corrida, como aconteceu com Lorena Lobo, produtora de conteúdo, na cidade de Cariri-CE.
‘Eles sinalizavam pelo chat do aplicativo, perguntavam se eu pagaria um valor X a mais pela corrida. Alguns me cobraram R$ 5, outros me cobraram R$ 7… Teve um em que a corrida custou R$ 11 e ele [motorista] sinalizou para gente fechar em R$ 20.
Eu acabei pagando 3 vezes o valor da corrida, pois no fim, ele me cobrou a corrida normal e eu ainda paguei o pix’, diz Lorena Lobo sobre sua experiência com uma viagem na empresa 99.
Há ainda situações onde os motoristas não cancelam a corrida por causa da recusa do cliente. Isso já aconteceu com Eduardo Machado. O morador da cidade de Parnaíba-PI conta que estas cobranças extras acontecem em várias plataformas, como 99 e Uber. Há também relatos de usuários de outras plataformas, como a InDriver.
“Quando a gente chegou, a mulher queria cobrar uma taxa extra de 100%, queria cobrar o dobro, sendo que isso não tinha sido acordado no começo da corrida”, contou Isadora Martins, estudante, sobre uma viagem que realizou usando o serviço da InDriver à Radio CBN.
“A gente falou que não ia pagar, porque não tinha sido combinado. Ela falou: se vocês não têm dinheiro para pagar, pode ser esse valor mesmo”, concluiu.
Lembrando que este serviço possui um funcionamento diferente dos demais. No InDriver, o cliente pode escolher um valor para pagar a viagem. Depois, resta saber se algum motorista aceita a proposta.
Motoristas prejudicados
Um assunto que sempre deixou os motoristas com dúvidas é o valor que é repassado para eles. Neste ano, tanto a 99 quanto a Uber realizaram um reajuste na parcela que os motoristas ganham após as viagens. Na 99, este aumento foi de 5% por quilometro rodado. Enquanto isso, o aumento promovido pela Uber foi de 6,5%.
No entanto, segundo Sandro Figueiredo, advogado da Associação dos Motoristas de Aplicativo, a falta de informação sobre o retorno financeiro pode estar relacionada às cobranças extras denunciadas acima. Entretanto, Figueiredo explica que o tais atitudes podem trazer prejuízo para o cliente e para o motorista.
“O passageiro é o consumidor final da prestação de serviço, logo, ele não pode ter qualquer tipo de prejuízo. Até porque, quando ele aciona o aplicativo, já vem especificado o valor que ele vai pagar. E aí ao final o motorista cobra valores a maior?
Estaria de fato causando prejuízos ao consumidor e indo contra o Código de Defesa do Consumidor, há inclusive o entendimento de que ele estaria cometendo um delito penal”, explica Sandro Figueiredo.
Uma outra justificativa usada pelos motoristas são os preços dos combustíveis. A Rádio CBN entrou em contato com as empresas citadas.
No entanto, a Uber e a InDriver não deram retorno. Já a 99 disse que está fazendo um trabalho de apuração das denúncias. Além disso, contou que um motorista denunciado foi banido. A indicação da empresa é que as pessoas reportem estas cobranças extras à empresa.
Lembrando que no começo de julho, a Secretária Nacional do Consumidor (Senacon) entrou em contato com empresas que oferecem serviços de transporte por aplicativo (como a Uber e a 99) para que mesmas prestassem informações sobre alguns problemas relacionados às prováveis infrações ao Código de Defesa ao Consumidor.
Com informações de Rádio CBN
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