As duas primeiras rampas de escape instaladas na rodovia Via Anchieta, que liga São Paulo ao litoral paulista, já foram acionadas 918 vezes, evitando acidentes e salvando vidas. As estruturas permitem a parada completa dos veículos, mesmo os mais pesados, que por alguma falha mecânica ou humana estejam fora do controle do motorista.
Entenda como funcionam as rampas de escape na prevenção de acidentes na rodovia
Prestes a completar oito anos, a segunda rampa de escape no km 49 da já foi acionada 133 vezes. O número se soma aos 785 da primeira área de escape do Brasil, instalada em março de 2000, no km 42,6.
Instalados em locais estratégicos pela Ecovias, concessionária responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), os equipamentos contam com tecnologia de ponta para que não apenas o veículo desgovernado possa parar em segurança, mas também para que as equipes de atendimento da empresa sejam imediatamente acionadas para apoio.
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As rampas de escape permitem a parada completa de veículos, mesmo os mais pesados e em alta velocidade, graças à sua inclinação contrária à da pista e ao preenchimento com argila expandida. O material faz com o veículo rapidamente afunde e não mais se movimente. A estrutura tem 85,4 metros de extensão, cinco metros de largura e aproximadamente um metro de profundidade.
“É uma estrutura muito importante para este trecho de serra, que recebe a circulação de mais de 10 mil veículos pesados por dia”, destaca Fernando Ferreira, gerente de Operações da Ecovias e da Ecopistas. “A inclinação e a extensão da pista exigem bastante dos freios, que caso não estejam com a manutenção em dia ou não sejam usados da forma correta, podem ficar sobrecarregados”, explica.
Foi por observar esse risco de acidentes que a Ecovias sugeriu, em 2014, a implantação da segunda rampa de escape, já na parte final do trecho de serra, no km 49 da Via Anchieta.
“Esse equipamento não estava previsto em nosso contrato, mas estudos feitos pelo nosso Programa de Redução de Acidentes (PRA) mostraram sua necessidade. Aprovamos então com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e implantamos a nova estrutura, que é menos acionada que a anterior, mas mesmo assim, já salvou mais de 100 vidas nestes oito anos”, afirma Ferreira.
As estruturas são sinalizadas por placas e contam com iluminação para que sejam visualizadas a distância. Os locais também são monitorados por câmeras inteligentes interligadas ao Centro de Controle Operacional (CCO), que emitem um alerta sempre que algum veículo entrar no local.
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Com a imagem projetada nas telas dos computadores, a concessionária envia os recursos necessários para socorrer o condutor e retirar o veículo do local de maneira rápida e segura. Para os casos de incidentes com veículos transportadores de carga líquida, a rampa conta com um sistema de drenagem e armazenamento, o que impede que o resíduo cause danos ao meio ambiente.
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