Fundada em 1963, a Puma fez os mais desejados esportivos fora-de-série, sendo que em sua maioria com chassi, peças e motores emprestados dos modelos Volkswagen com motores refrigerados a ar confeccionado com carroceria de fibra de vidro, uma forma de trazer leveza, robustez e baixo custo de manutenção aos modelos.
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O ano foi em 1969 – antes a empresa usou motores DKW – que o primeiro Puma com propulsor derivado do aclamado Fusca surgiu e, já em 1970, com a sua experiência acumulada nas pistas antes de fundar a empresa, desenvolveu o GTE (E de “Exportação”), considerado um dos modelos de maior sucesso da marca até hoje.
O GTE que foi inclusive exportado a países da Europa, Ásia, África e o continente Americano nada mais era do que uma evolução do GT. A novidade principal está na troca dos motores (1.5 pelo 1.6) design da carroceria e, claro, atualizações conforme às legislações de cada país para qual ele era encomendado.
É desse o modelo que um exemplar de 1974 foi recentemente arrematado através do site de leilões Bring a Trailer pela quantia de US$19 mil, ou fazendo uma conversão direta, R$94.450, após 22 lances. Segundo informações do anúncio, o cupê foi reformado no Brasil e adquirido em 2021.
Traz a pintura na cor laranja e as tradicionais rodas de liga leve de seis raios e 14 polegadas – montadas em pneus nas medidas 185/70 à frente e 195/70 atrás. Por dentro, o interior também foi devidamente preservado com as características originais como o couro preto do volante e dos bancos esportivos.
Ainda falando na parte interna, toda a instrumentação que inclui um velocímetro com escala até 220 km/h, um tacômetro (conta-giros) e medidores auxiliares originais da marca Puma também foi muito bem preservada. O hodômetro de cinco dígitos mostra 350 quilômetros, sendo que aproximadamente 300 foram adicionados sob propriedade atual. A quilometragem total é desconhecida, conforme consta nos dados do anúncio.
Já o motor boxer 1.6 (1.584 cm³) refrigerado a ar montado na parte traseira é alimentado por um carburador e está ligado a uma caixa de transmissão mecânica de quatro marchas, suficiente para render 70 cv a partir das 4.700 rpm e torque de 12,3 kgfm a 3.000 rpm, segundo dados de fichas técnicas da época.
O GTE foi fabricado até 1980 no Brasil e desde esta data, o modelo recebeu algumas melhorias como a substituição do chassi encurtado do Karmann Ghia pelo da VW Brasilia, mudança esta que implicou também em algumas alterações estilísticas ao cupê. De acordo com dados do site dedicado à marca, o GTE teve um total de 8.705 unidades produzidas, sendo o modelo de maior volume de produção da Puma.
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Fonte: autoo