De acordo com especialista em privacidade digital, o GPS, sistema de navegação, ameaça a privacidade dos usuários, uma vez que além de rastrear a localização, também pode vender essas informações para outras empresas; entenda os detalhes.
Uso de GPS: sistema ameaça a privacidade dos usuários
Hoje, é comum o uso de aplicativos e sistemas de rotas para se locomover até mesmo em regiões conhecidas, uma vez que as funcionalidades estão cada vez mais completas e indicam aos motoristas onde tem radar, a presença de autoridades de trânsito e outras informações compartilhadas entre os usuários.
No entanto, a tecnologia também pode ter um lado sombrio. Daniel Markuson, especialista em privacidade digital da NordVPN, explica que embora o GPS ou a tecnologia de rastreamento de localização possam ser úteis em sua vida cotidiana, especialmente ao navegar pelas ruas de uma nova cidade, também podem colocar sua privacidade em risco.
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“Os aplicativos usados no celular podem rastrear seu paradeiro sem o seu consentimento e ainda vender esses dados a terceiros. Além disso, podem coletar muito mais informações do que a localização, como seus hábitos, interesses e dados demográficos.” Ressalta Markuson.
Em 2019, a publicidade segmentada por localização atingiu US$ 62,35 bilhões e deve crescer ainda mais nos próximos anos.
“Você deve ter notado que seus anúncios do Facebook geralmente correspondem a sua localização e atividade recente na internet.
Essa é a mesma rede social que sofreu um vazamento de dados de 533 milhões de usuários no ano passado, incluindo a localização. Nossas informações nunca estão seguras, mesmo nas mãos de gigantes da tecnologia”. informa o especialista.
Coleta de hábitos e dados
Daniel comenta que quando o GPS está ativado, várias organizações podem rastrear facilmente os movimentos de alguém e usá-los para coletar dados sobre seus hábitos e (des) gostos e direcioná-los à publicidade com base em sua localização.
“Depois que os dados de localização de uma pessoa são coletados de um aplicativo e entram no mercado, podem ser vendidos repetidamente dos provedores para um agregador que os revende.”
Um levantamento feito com o aplicativo TrackAdvisor indicou que durante uma navegação também foram coletadas informações como o local de residência dos usuários e seus hábitos, interesses, demografia, saúde e situação socioeconômica.
Além disso, alguns aplicativos rastreiam a localização mesmo depois de desativá-lo – por isso que o Google foi processado por advogados do Arizona há alguns anos.
“O ponto é que os usuários geralmente desconhecem essas implicações de privacidade de permissões que concedem aos aplicativos. As políticas de privacidade são muitas vezes vagas, destacando a necessidade de dados de localização e não divulgando que podem ser compartilhados e vendidos.”
O especialista afirma que é possível colocar em prática alguns cuidados durante a navegação e criar hábitos que poderão preservar suas informações pessoais.
“Uma dica importante é verificar sempre quais aplicativos e softwares têm permissão para rastrear sua localização. Alguns precisam dessa informação para fazer o trabalho deles. Por exemplo, não faria sentido usar o Google Maps sem dar permissão de rastreamento de localização.
No entanto, outros apps coletam sua localização como dados excedentes. Ficar de olho nas configurações de cada plataforma vale a pena.” Ressalta Daniel.
Ele finaliza ao dizendo que uma boa ideia também é se livrar do hábito de clicar em aceitar tudo sem realmente revisar o que você está concordando, além de investir em plataformas de segurança, que podem trazer uma defesa mais ampla para seus sistemas digitais.
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