Honda e Nissan assinaram um memorando de entendimento para iniciar discussões e considerações sobre uma integração comercial entre as duas empresas por meio do estabelecimento de uma holding conjunta. A Mitsubishi, que tem aliança com a Nissan, também participa do processo.
Em uma declaração conjunta, as três montadoras anunciaram que a potencial fusão “visa manter a competitividade global e permitir que as empresas continuem entregando produtos e serviços mais atraentes aos clientes em todo o mundo”.
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A junção chega em um momento de crise para a Nissan, que recentemente cortou 9.000 empregos e 20% de sua capacidade de produção. As ações da Nissan viram seu valor aumentar em mais de 20% após os relatórios iniciais sobre as negociações de fusão com a Honda, segundo a imprensa estrangeira. As três empresas já haviam anunciado uma parceria para o desenvolvimento de carros elétricos e software em agosto de 2024.
Se bem-sucedida, a fusão pode ser finalizada até 2026, com a Honda devendo nomear a maioria dos diretores e o presidente da nova empresa. A entidade resultante se tornaria uma empresa de US$ 50 bilhões, tornando-se a terceira maior montadora do mundo em volume de vendas, atrás apenas da Toyota e da Volkswagen.
A ideia é integrar os negócios de veículos de quatro rodas da Nissan e da Honda e os negócios de motocicletas e produtos de energia da Honda, “permitindo que as marcas de ambas as empresas se tornem mais atraentes e entreguem produtos e serviços inovadores aos clientes em todo o mundo”.
A fusão criaria uma holding, que cuidaria das duas marcas em um primeiro momento e depois da Mitsubishi. Seria mais ou menos uma Stellantis, que tem sob seu guarda-chuvas Fiat, Peugeot, Jeep e Citroën, entre outras.
Como fica a Renault?
Acionista da Nissan e presente na aliança com a Mitsubishi, a Renault disse estar ciente do anúncio e que vai estudar os próximos passos. Leia a nota:
“O Grupo Renault tem conhecimento dos anúncios feitos hoje pela Nissan e pela Honda, que ainda estão em estágio inicial. Como principal acionista da Nissan, o Grupo Renault considerará todas as opções com base no melhor interesse do Grupo e de seus stakeholders. O Grupo Renault continua a implementar sua estratégia e a lançar projetos que criem valor para o Grupo, incluindo projetos já lançados dentro da Aliança.”
Fonte: autoo