O fluido de freio é o responsável pelo funcionamento seguro e eficiente do sistema de frenagem do veículo.
É um dos itens mais importantes do sistema de segurança do carro, demandando atenção e cuidados constantes. Confira os quatro principais fatores que favorecem a deterioração do fluido de freio do seu carro e fique atento.
Saiba como prevenir a deterioração do fluido de freio do carro
O fluído de freio é um líquido hidráulico balanceia a pressão entre a ação do motorista ao pisar no freio e os discos do sistema de frenagem do veículo.
A pressão do pedal até as rodas deve acontecer sem interferências, e é isso o que esse líquido proporciona. O fluido também ajuda com as sapatas, as pastilhas e atua como lubrificante.
O especialista Danilo Silva, engenheiro de aplicações da Motul – empresa fabricante de lubrificantes –, aponta os quatro principais fatores que favorecem a deterioração do fluido de freio:
- Degradação natural devido ao uso, por conta de condições de frenagens abruptas nas quais o sistema superaqueça com frequência;
- Problemas com a vedação do sistema;
- Contaminação por abastecimento de fluido incompatível;
- Manutenção sem o cuidado requerido para a boa limpeza.
“Estar atento a essas questões é extremamente importante, uma vez que o funcionamento adequado do sistema de freios desempenha papel fundamental na garantia da segurança, evitando possíveis acidentes causados por seu mau desempenho”, alerta Silva.
Diferentemente do que indica o senso comum – de que o fluido de freio só deve ser trocado quando forem substituídos os discos e as pastilhas –, a manutenção regular do líquido é fundamental, independentemente do estado de desgaste dos componentes mecânicos.
“Para estar protegido contra possíveis falhas e se manter seguro, o motorista deve contar com a manutenção preventiva como aliada. Além de diminuir os riscos à segurança, a prevenção evita os altos custos da manutenção corretiva”, afirma o especialista.
Segundo ele, o processo de oxidação e degradação do fluido pode ocorrer até mesmo em um produto novo quando armazenado incorretamente ou por longos período.
Dessa forma, recomendação é efetuar a troca do fluido a cada 12 meses – a menos que o manual do fabricante do veículo indique um intervalo diferente –, que deve ser sempre feita por um profissional de confiança. “Erros durante a manutenção ou por abastecimento indevido podem corromper a ação dos freios”, ressalta.
Os tipos de fluido de freio
Outro fator que deve ser observado pelo motorista é a especificação de cada tipo de fluido. Diferenciados por parâmetros como temperatura de ebulição e viscosidade, os fluidos podem ser feitos com base mineral (LHM), de silicone ou glicol.
Atualmente, os fluidos mais utilizados nos carros são à base de glicóis, regidos pela norma DOT, e podem ser classificados como:
- DOT 3 – usado em veículos leves e de uso comum, recomendado para freios e embreagens com sistema hidráulico de uso moderado;
- DOT 4 – tendo sido desenvolvido para automóveis, caminhões, tratores, ônibus e picapes, é usado em veículos leves, pesados e importados;
- DOT 5 e 5.1 – servem para veículos leves, pesados e importados, principalmente para os de alta performance.
Apesar de apresentarem características semelhantes, há diferenças marcantes entre o fluido de freio DOT 5 e o DOT 5.1.
A fórmula do primeiro é recomendada para automóveis com o sistema de freios ABS, que exigem maior eficiência e performance na frenagem. Além disso, esse tipo de fluido é a base de silicone.
Por sua vez, o DOT5.1 tem fórmula baseada em glicóis. É um fluido mais barato, mas não pode jamais ser misturado com outro tipo de fluido.
Silva recomenda que no momento da compra do fluido, o motorista deve examinar pontos como a formulação com inibidores de corrosão, compatibilidade com os materiais do sistema de freios, boa fluidez a baixas temperaturas e viscosidade estável.
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Fonte: garagem360.com.br