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Chevrolet: Funcionários entram em greve e manifestam indignação por demissões via telegrama

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Os sindicatos dos metalúrgicos de São Caetano do Sul, São José dos Campos e de São Paulo e Mogi das Cruzes aprovaram nesta segunda-feira uma greve por tempo indeterminado na General Motors. Em nota conjunta, as três organizações alegam que tentam reverter demissões feitas pela montadora neste fim de semana.

A montadora ainda não informou quantos funcionários foram demitidos, mas os sindicatos alegam que as comunicações de desligamento foram feitas através de telegrama e e-mail. A reportagem teve acesso a uma dessas cartas.

Telegrama de demissão enviado a um funcionário da General Motors
Telegrama de demissão enviado a um funcionário da General Motors
Imagem: Reprodução

“A demissão coletiva foi covarde e arbitrária, já que ocorreu sem negociação prévia com os sindicatos, o que contraria a legislação nacional”, disse o texto enviado pelos sindicatos. 

“Além disso, em São José dos Campos e Mogi das Cruzes, a GM descumpriu acordos de layoff firmados com os sindicatos, que garantiam a estabilidade no emprego para todos das duas plantas. Em São Caetano, de igual forma, a empresa realizou os cortes de maneira unilateral, sem prévia negociação”.

A GM, que atua no Brasil com a marca Chevrolet, alegou baixa nas vendas (veja nota abaixo), mas a informação é questionada pelos sindicatos, que afirmam que a montadora registrou “aumento de 18,18% nas vendas brasileiras entre abril e junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado”. 

“Além disso, obteve lucro líquido de 2,57 bilhões de dólares (R$ 12,94 bilhões) no segundo trimestre deste ano, um aumento de 51,6% na comparação anual”, disse a nota.

Leia a resposta da GM na íntegra

“Foi aprovada pelos empregados, nesta segunda-feira, 23 de outubro, em assembleias realizadas pelos sindicatos dos metalúrgicos de São Caetano do Sul, São Jose dos Campos e Mogi das Cruzes a proposta de greve por tempo indeterminado.

Reiteramos que a queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro.

A GM reforça que a segurança dos empregados é nossa prioridade”.

Fonte: autoo

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