Os combustíveis sustentáveis estão em alta no Brasil. O país já conta com uma grande frota de carros movidos a etanol e caminha para o e-fuel com um Projeto de Lei enviado ao congresso em setembro. A pauta agora gira em torno do diesel verde.
Diesel verde – o próximo passo nos combustíveis sustentáveis
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná – Setcepar, o diesel verde é o gasóleo do futuro, por conta de sua baixa emissão de carbono.
Produzido a partir do processo de transformação de matérias-primas renováveis, o diesel verde é um dos pontos-chave para para cumprir assuntos relacionados à sustentabilidade conforme a agenda de 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Sabendo da eficácia, o governo vai propor um plano para a inserção do diesel verde de 1% a 3% de 2027 a 2037 no projeto Combustível do Futuro. O projeto será enviado pelo governo federal ao Congresso.
O setor que mais será empacado é justamente o transporte rodoviário de cargas (TRC).
O Setcepar se mostrou favorável ao uso do novo combustível como uma alternativa mais ecologicamente amigável e mais sustentável em relação aos combustíveis fósseis.
Além disso, os combustíveis mais sustentáveis é uma tendência crescente em todo o mundo.
Silvio Kasnodzei, presidente do Setcepar, destaca que o diesel verde não é uma realidade distante, mas sim uma necessidade.
“É interessante que empresas e entidades do setor de transportes conheçam e ofereçam treinamentos voltados para motoristas em relação à direção econômica nos quais o diesel verde seja mencionado como uma das opções de combustíveis limpos que ajudam na sustentabilidade do planeta”, destaca.
Governo empenhado em soluções mais sustentáveis
O governo federal tem se empenhado para a implementação de combustíveis sustentáveis. Estimativas do Setcepar revelam que cerca de R$ 400 bilhões serão usados para o “plano de transição verde”.
O plano envolvem uma série de etapas e ações, como:
- conservação e restauração florestal, saneamento
- gestão de resíduos
- ecoturismo
- agricultura de baixa emissão
- energia renovável
- mobilidade urbana
- transporte e logística
- tecnologia da informação
- comunicação e infraestrutura verde.
“É necessário esse esforço conjunto entre as empresas do setor e o governo para que essa mudança aconteça de forma efetiva”
“As empresas podem começar a implantar essa tática no TRC investindo em veículos movidos por combustíveis alternativos, como o gás natural e o biocombustível, e adotando práticas de condução mais eficientes”, enfatiza Kasnodzei.
Na avaliação de Kasnodzei, além de investir em biocombustíveis, o governo também deve avaliar como as organizações podem receber e implementá-lo em suas operações.
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Fonte: garagem360.com.br