Há um provérbio que diz: “A alma generosa prosperará e quem dá a beber será dessedentado”. Há ditos populares que afirmam:”é dando que se recebe” ou “fazer o bem, não importa a quem”.
Mas, o dar, o doar desinteressado é o que mais gratifica a alma. O sorriso e os olhos de satisfação de quem recebe aplaudem efusivamente o coração de quem doa. Não há nada mais prazeroso, mais gratificante do que não apenas ver, mas sentir a felicidade do outro. Não precisamos de nada em troca, porque já ganhamos muito com a satisfação de quem recebe.
Solidariedade é benevolência, é desprendimento, é empatia. Num mundo tão conturbado, tão desigual e intolerante como o nosso, ser solidário ganhou tamanha importância que a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 20 de dezembro como o Dia Internacional da Solidariedade Humana.
Estudos científicos do Reino Unido concluem que a solidariedade melhora a autoestima e aumenta os níveis dos chamados hormônios da felicidade, principalmente serotonina e dopamina. A pesquisa diz ainda que as pessoas solidárias, que no dia a dia são mais gentis com outras pessoas, conseguem diminuir a sensação de isolamento e solidão, assim como o estresse e sintomas de ansiedade.
É óbvio que nem sempre é fácil ser solidário e despretensioso ao mesmo tempo. Inúmeras vezes há interesses por trás de um ato aparentemente solidário, mas este não é uma via de mão dupla porque não traz a gratificação interior, o bem-estar psíquico, emocional, apenas ganhos materiais, como acontece em parte da política, em alguns profissionais e outros.
Hoje damos nomes e cores aos meses para praticar atos solidários, como por exemplo o setembro amarelo na prevenção do suicídio. Fazemos campanhas de doação de sangue, praticamos o Natal solidário, com doação de roupas e presentes às crianças carentes. Há um empenho grande da população na ajuda de pessoas em situação de rua ou vítimas de catástrofes naturais.
É tão ampla a gama de atos solidários desenvolvidos por nós, que abrangem, com justiça, o cuidado aos animais, com adoção daqueles abandonados, além da preocupação com o meio ambiente, abrangendo a fauna e a flora do planeta.
Felizmente, o Ser Humano é, na maioria das vezes, solidário de verdade. É a bondade humana superando a maldade desumana. A solidariedade nos faz sentir a sensação gostosa de felicidade, um potente remédio em prol da saúde mental.
No Natal a solidariedade nos remete à fraternidade, onde todos somos iguais perante Deus e isso fortalece e amplifica nosso espírito fraternal e, como nas palavras bíblicas, “levamos os fardos pesados uns dos outros”.
