Há 50 anos, essa mulher recebia um presente especial que mudaria sua vida para sempre: um rim doado pelo próprio pai, Cy. Na época, Pat Koppa tinha 21 anos e enfrentava graves problemas de saúde desde a infância.

O transplante era uma novidade na década de 1970 e, apesar disso, era a única solução para a mulher, que vive no centro de Minnesota, Estados Unidos. Por sorte, o pai se mostrou compatível e a operação foi feita.

Hoje, 50 anos depois, ela comemora a resiliência, a doação de órgãos e uma relação transformadora que viveu com o genitor. Para comemorar o aniversário de 50 anos da data, ela foi a um restaurante, algo que faz raramente devido à imunossupressão.

Infância desafiadora

Pat não tem boas recordações da infância, afinal, ela foi marcada por desafios.

Quando fez 21 anos, a situação se agravou mais ainda. O transplante de rim era experimental na época, mas precisa ser feito.

Seu pai jamais havia passado por uma cirurgia, mas topou arriscar pela vida da filha.

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O ato de amor

A doação do órgão foi um ato de amor.

Segundo Pat, ela estava muito apreensiva pelo pai. “Ele nunca feito nenhuma cirurgia. Eles não tinham certeza de como ele reagiria a isso. Mas ele estava tão feliz em fazer aquilo”, contou em entrevista à CBS News.

Após a operação, ele visitou a filha na sala de recuperação. Para ela, um momento mais que especial.

“Ele estava segurando uma pequena boneca e foi isso que ele me disse. Ele disse: Sabe, os pais são as pessoas mais sortudas do mundo porque eles dão à luz suas filhas, e eu sou a pessoa mais sortuda do mundo porque eu dei à luz você duas vezes”, relembrou.

Saudades do pai

Cy faleceu há sete anos devido ao Alzheimer, mas seu legado segue vivo.

“Começou como gratidão. Aprendi essa resiliência e acho que isso estendeu minha vida. Tenho uma grande dívida com meu pai”, disse a idosa.

Antes do pai falecer, ela enviava, todo ano, uma carta agradecendo ao genitor pelo ato de bondade que salvou sua vida.

Agora ficaram a gratidão e a saudade da mulher que recebeu um rim do pai.