Dois irmãos solteiros estão em busca de um herdeiro para assumir uma coleção curiosa e valiosa que têm: o maior número de relógios cuco em todo o mundo.
Roman, de 71, e Maz Piekarski, de 69, dedicaram mais de 50 anos aos relógios. Juntos, os dois já acumulam mais de 750 dispositivos movidos por pêndulo, exibidos orgulhosamente no que chamam de museu “Cuckooland”, em Cheshire, Reino Unido. (em português, Terra dos Cucos”)”.
Mas o tempo passou, e agora, os irmãos – que não têm filhos – estão desesperados para encontrar alguém para assumir toda a coleção que acumularam durante a vida. “Seria maravilhoso se conseguíssemos alguém para assumir isso, realmente seria incrível”, disse Roman.
O início de tudo
A paixão pelos relógios de cuco começou ainda na adolescência, mas foi aos 28 anos que a coleção se intensificou.
Roman recebeu uma notícia devastadora. Ele foi diagnosticado com doença neurológica esclerose múltipla e recebeu apenas três anos de vida. Apesar do diagnóstico médico, 43 anos se passaram e o homem segue bem!
Não querendo sobrecarregar a família, ele não se casou e seguiu a paixão de colecionar relógios com o irmão.
“Quando peguei esclerose múltipla, disse ao meu irmão: vou continuar com o que estou fazendo”, disse em relação a coleção.
Maior coleção do mundo
A coleção rendeu boas viagens ao mundo.
Roman e Maz sempre estavam em busca de relógios únicos.
Para conseguir as melhores peças, era preciso vencer os colecionadores dos EUA e da Alemanha.
Agora, eles têm a maior coleção do mundo, com peças exclusivas e um museu todo deles.
Uma das melhores peças é uma feita para Frederico I, o Grão-Duque de Barden, na década de 1860.
E não pense que foi fácil juntar tudo isso.
“Se fosse um relógio especial que estivesse à venda, eu faria o acordo e depois pegaria o próximo voo de manchester para o aeroporto mais próximo de onde as pessoas morassem e então localizaria e pagaria por ele e depois voaria de volta – tudo em um mesmo dia”, contou Roman.
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Em busca de um herdeiro
Como são solteiros e não tiveram filhos, o maior desafio agora é garantir a “sobrevivência” da coleção.
“Nos últimos quatros anos, tenho feito pequenas investigações para encontrar um corpo que pudesse assumir o controle. Mas não encontrei uma única pessoa que pudesse entrar e administrá-lo”, disse.
Segundo Roman, os jovens não se interessam mais.
“Infelizmente, os jovens de hoje tendem a apertar botões no computador. E não há mais aprendizagem de qualquer maneira”, contou.
Apesar da dificuldade, a dupla não pensa em desistir.
“Estou quase conseguindo ensinar alguém a fazer visitas guiadas, a conhecer os relógios e as diferentes histórias. E meu irmão tem tempo para ensinar alguém a fazer os movimentos”, concluiu.
Quem se anima?
Com informações de Cheshire Live.
Fonte: sonoticiaboa