Com a variante ômicron infectando quase 200 mil pessoas diariamente no Brasil e a expectativa para que essa nova onda atinja seu pico nas próximas semanas, muitos pais estão preocupados com o retorno das aulas. Mesmo assim, quase todos os estados confirmaram a volta ao regime presencial, e a maioria retoma as atividades escolares nesta segunda-feira (7).
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Então, “é necessário garantir que os filhos tenham cuidado para evitar o contágio”, alerta a pediatra Maria Gabriela Garbelini, ao enfatizar que as medidas de proteção são as mesmas usadas para as variantes anteriores da Covid-19 e exigem trabalho conjunto dos pais, alunos e escola.
No caso das instituições, elas devem estar preparadas para receber os alunos com segurança, mantendo distanciamento entre eles e oferecendo salas bem ventiladas. Já a família precisa orientar a criança e dar o exemplo. “Os pais precisam ser os primeiros a evitar aglomerações e a usar corretamente a máscara”, pontua a pedagoga Ana Claudia Alexandrini.
Além disso, é fundamental que a escola seja avisada quando a criança ou alguém de seu convívio estiver com sintomas respiratórios. “E tenha em mente que o risco existe, pois não dá para ter 100% de certeza de que não vai pegar Covid”, alerta a pediatra, enumerando as principais dicas que aumentarão essa segurança na sala de aula.
- Use máscaras de qualidade
Estudos já comprovaram que as mascaras
de tecido não são opções eficientes para proteger contra a Covid-19. “Então, é
melhor optar por máscaras cirúrgicas infantis para crianças e pelas máscaras
PFF2 ou N95 para os profissionais da escola”, orienta Maria Garbelini, ao
afirmar que isso deve ser exigido pelos pais, “pois outras máscaras não
conferem proteção”.
Também é necessário manter a higiene frequente
das mãos com a lavagem correta ou uso de álcool em gel, principalmente antes e
depois de colocar a máscara.
Outra dica é organizar horários
diferentes para as refeições de cada turma. Isso fará com que os alunos se
alimentem apenas com aqueles que já têm contato e evitará aglomerações.
Ainda segundo a pediatra, as salas
precisam estar bem ventiladas e, sempre que possível, os professores devem realizar
atividades ao ar livre. “Especialmente no caso das crianças pequenas, que ainda
não têm conteúdo teórico”.
Outro ponto importante de prevenção é
permanecer em casa se tiver ao menos dois sintomas gripais, como obstrução
nasal, diarreia, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza ou
alterações no paladar e olfato. “Ainda mais se os pais estão com os mesmos sintomas
ou se tiveram contato com alguém diagnostico com Covid-19”, afirma a
especialista, ao citar ainda a necessidade de a família buscar rapidamente a
criança se ela apresentar sintomas durante a aula.
Como as crianças aprendem pelo
exemplo, também é importante que os pais coloquem os cuidados em prática, orientem
seus filhos e evitem aglomerações e reuniões de família nos finais de semana. “Afinal,
essa variante é muito contagiosa”, alerta a pediatra.
Por fim, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orienta vacinação de crianças a partir de cinco anos por entender que os benefícios no contexto atual da pandemia superam eventuais riscos. Estados como São Paulo têm solicitado comprovante de vacinação completa contra Covid-19 dos estudantes no retorno às aulas. No entanto, a falta do comprovante não impossibilita que o estudante frequente a escola ou que realize matrícula.
Fonte: semprefamilia.com.br