Ainda que nosso corpo saiba reagir ao estresse do dia a dia, isso não significa que ele não seja afetado. É que dependendo da intensidade da situação que gera a tensão e o tempo que leva para a pessoa voltar ao seu estado normal, problemas de curto e longo prazo podem ser desencadeados.
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Um exemplo de síndrome que pode vir no curto prazo, a partir de uma situação de estresse como a morte de um família, uma traição ou um divórcio, é a do coração partido. Chamada também de cardiopiopatia induzida pelo estresse, o problema gera um aumento no tamanho do coração, prejudicando seu funcionamento. Nesta condição os sintomas se assemelham a um ataque cardíaco e o tratamento requer além de medicamentos, um acompanhamento psicológico. As informações são da Agência Einstein.
Mas, mesmo fatores estressores de menor intensidade trazem consequência, ainda que no longo prazo. Se o organismo não for capaz de voltar ao estado de normalidade e passar a conviver com níveis alterados dos hormônios cortisol e adrenalina, pode favorecer algumas condições, segundo Carla Rosana Guilherme Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica – Regional São Paulo. Dentre elas:
Reação do corpo ao estresse
Diante de uma situação em que o organismo se sente atacado, a resposta do corpo pode ser “ficar e lutar” ou “fugir”. Seja qual for a decisão, as glândulas suprarrenais produzem os hormônios adrenalina, noradrenalina e cortisol, que vão alertar todos os sistemas. A adrenalina, por exemplo, aumenta o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea para garantir que o sangue chegue aos músculos, caso seja preciso correr.
Se a pessoa convive com muitas situações que geram estresse, mas que não exigem uma “luta ou fuga” real, esses hormônios vão ser produzidos de forma desnecessária e se manter na corrente sanguínea. Para controlá-los, algumas medidas podem ser adotadas, de acordo com dados da Associação Americana do Coração (AHA):
Saúde emocional
Pesquisa realizada em 2019 com 1 mil profissionais das áreas de educação, finanças e saúde de São Paulo e Porto Alegre constatou que o estresse havia causado a ansiedade em 89% dos entrevistados, além de angústia (85%) e culpa (74%).
“Quando apresentamos sintomas físicos e emocionais, automaticamente temos alguma reação comportamental. Pela pesquisa, 59% usavam medicamento, seja devidamente prescrito ou não; 56% consumiam bebida alcóolica ou droga, devido ao nível de desconforto; e 38% reagiam comendo petiscos condimentados”, explica Ana Maria Rossi, doutora em Psicologia Clínica e presidente da unidade brasileira da International Stress Management Association (Isma-BR), que conduziu o estudo. Os resultados ainda não foram publicados em periódicos científicos.
Fonte: semprefamilia.com.br