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Bilionários: Estudo Revela a Verdadeira Extensão de suas Fortunas

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Um bilhão pode parecer uma quantidade fictícia de tão astronômica, mas imagine assim: 1 milhão de segundos equivale a menos que 12 dias, já um bilhão de segundos é quase 32 anos. Quando falamos em dinheiro então, a situação é mais inimaginável ainda.

Um estudo publicado recentemente na PNAS Nexus mostrou que as pessoas costumam subestimar o quão rica a população que faz parte dos 1% mais ricos realmente é. Em algumas áreas dos EUA, o acesso ao clubinho do 1% equivale a ganhar mais de US$ 1 milhão por ano.

No Brasil, esse número muda um pouquinho: a média para entrar no grupo de ricaços brasileiros é de R$ 20 mil por mês per capita e, mesmo assim, esses são “pobres” (rs) em relação ao resto do estrato. Quem faz parte do 0,1% ganha, mensalmente, 300 mil reais. 

Barnabas Szaszi, autor principal do estudo, e uma equipe de pesquisadores realizaram alguns experimentos  para tentar compreender como as pessoas entendem a riqueza quando ela está concentrada na mão dos outros. 

990 americanos foram questionados sobre o quanto achavam que ganhavam anualmente diferentes estratos socioeconômicos do país.

Os resultados sugerem que os participantes entendiam mais precisamente o quanto recebiam as porções mais pobres da população, enquanto as estimativas de renda para a panelinha do 1% foram bem menores do que o números reais. 

Em um outro experimento, os pesquisadores forneceram aos voluntários um software que permitia distribuir uma população fictícia por diferentes faixas de renda, e decidir o quão severa seria a concentração de riqueza no topo da pirâmide.

Novamente, observou-se que os participantes consistentemente subestimavam os ganhos dos 20% mais ricos, enquanto acertavam melhor as estimativas para as faixas de renda mais baixas.

Essa distorção na percepção pode ser explicada por um fenômeno conhecido como “insensibilidade ao escopo”. Nesse caso, as pessoas não distinguem com precisão as grandes variações que existem dentro do 1%, e tendem a agrupar grandes fortunas em uma categoria guarda-chuva de “ricos”. 

Assim, o impacto de um bilionário ganhar mais alguns milhões não é tão surpreendente quanto o de saber que uma pessoa de renda média ganhou na loteria. 

Esse é o mesmo fenômeno que faz você ignorar a diferença de preço entre um carro de R$ 90 mil e um de R$ 89 mil, enquanto uma diferença entre uma TV de R$ 2 mil e uma de R$ 1 mil é considerada brutal. A diferença absoluta entre os preços é idêntica (R$ 1 mil), mas a diferença relativa disfarça. 

Uma comparação visual ajuda a explicar quanto, realmente, é um bilhão. Quatro anos atrás, quando Jeff Bezos, o empresário por trás da Amazon, ainda era o homem mais rico do mundo, viralizou um vídeo que representava sua fortuna em grãos de arroz. A percepção por volume pode fazer esses números parecerem mais reais:

No Brasil, o 1% mais rico, composto por aproximadamente 1,5 milhão de pessoas, concentra quase um quarto de toda a renda do país. As camadas mais endinheiradas acabam contribuindo pouco, proporcionalmente, com o sistema tributário.

Esther Duflo, ganhadora do Nobel de Economia em 2019, destacou, em uma à Folha de S.Paulo, que uma tributação de 2% sobre as fortunas dos super-ricos e o aumento de impostos sobre multinacionais poderiam gerar cerca de US$ 500 bilhões de arrecadação extra por ano que poderiam ser destinados a ajudar as populações mais vulneráveis, especialmente as afetadas pelas mudanças climáticas.

recentes do Observatório Fiscal da União Europeia reforçam essa preocupação. Relatórios de 2023 apontam que a maioria dos sistemas tributários no mundo é regressivo ou seja, os mais ricos pagam uma porcentagem muito menor de seus rendimentos em impostos do que a média da população.

Entre os bilionários, a taxa efetiva de imposto pode ser tão baixa quanto 0,5% em alguns países. Segundo estimativas, a aplicação de um imposto de 2% sobre a riqueza de aproximadamente 3.000 bilionários ao redor do mundo poderia gerar uma arrecadação anual de US$ 250 bilhões.

Fonte: abril

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